Manifestantes ocupam a rua Marechal Deodoro, em Curitiba.| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

Os protestos em Curitiba reuniram cerca de 10 mil pessoas neste domingo (13), segundo a Polícia Militar. Os organizadores dos protestos falavam em 15 mil manifestantes. A principal pauta foi a abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT) e a saída do Partido dos Trabalhadores (PT) do poder.

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FOTOS: veja imagens do protesto em Curitiba

VÍDEO: manifestantes cantaram do Hino Nacional a marchinhas contra o PT em Curitiba

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De acordo com o líder do movimento, Cristiano Rogério Pereira, o movimento luta contra a corrupção dentro do governo federal. “Nós somos contra todo o tipo de corrupção e pedimos a saída dos corruptos do poder, entre eles a presidente Dilma Rousseff e o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha”.

O movimento Curitiba Contra a Corrupção confeccionou o boneco “pixuleco” – a figura do ex-presidente Lula com roupas de presidiário – por R$ 3 mil. O movimento afirma que custeou o aluguel de carros de som e o boneco com doações da população e com o dinheiro arrecadado pela venda de camisetas. Entre elas, a que tinha o rosto do juiz federal Sérgio Moro estampada foi a que fez mais sucesso.

O microempresário Maycon Gonçalves comprou uma das camisetas. “Ele está mudando a história deste país colocando os corruptos na cadeia”, afirmou.

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Os principais personagens dos protestos deste domingo foram o ex-presidente Lula, a presidente Dilma e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Edson Fachin, que foi bastante criticado pelos manifestantes.

“Ele já subiu no palanque da Dilma, está moralmente impedido de julgá-la”, disse o advogado Antônio Carlos Braga. O professor de projetos industriais da UFPR, José Wladimir Freitas da Fonseca disse que o jurista já atuou em favor do partido dos trabalhadores. “Tenho vergonha de fazer parte da mesma universidade que ele”, afirmou.

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Declarações

“O ministro [Luiz Edson] Fachin já subiu em palanque pedindo votos para a Dilma. Está impedindo moralmente e juridicamente de julgá-la”, diz Antônio Carlos Braga, advogado, presente no protesto.

Para a bancária aposentada Rosimeire Vasco Garcia, “as pessoas são eleitas para servir ao povo e não fazem nada por nós. É tão pouco o que o povo pede e um governo ditatorial não fornece nada”.

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“Sérgio Moro está mudando a história deste país colocando os verdadeiros bandidos atrás das grades”, afirmou Maykon Gonçalves, microempresário.

“Em vim em todos os protestos e quero justiça. Um país mais justo e sem corrupção, com educação para todos. O impeachment nos deixa mais próximos disso”, conclui Sarah Cordeiro, psicóloga.

Manifestantes se concentraram na Praça Santos Andradre, em frente à Universidade Federal do Paraná, e caminharam pela XV de Novembro até a Boca Maldita.
Concentração em frente à Universidade Federal do Paraná.
Manifestante com camisa com imagem do juiz federal Sérgio Moro.
Na escadaria da Santos Andrade.
Manifestantes na Santos Andrade. Uma segura um boneco Pixuleco, outro usa uma bandeira com o rosto do juiz federal Sérgio Moro.
Houve também quem defendesse, mais uma vez, a ideia de “intervenção militar constitucional”.
Manifestantes caminham pelo calçadão da Rua XV de Novembro.
Manifestantes pedem a saída da presidente Dilma Rousseff.
Praça Santos Andrade.
O protesto também fez críticas ao ministro do STF Luiz Edson Fachin, que nesta semana paralisou o andamento do processo de impeachment até a próxima quarta-feira, quando o plenário do STF irá julgar a constitucionalidade dos últimos atos do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.
Quem participou do ato também espera que o ex-presidente Lula seja investigado pela Operação Lava Jato.
Praça Andrade.
Praça Santos Andrade.
XV de Novembro.
Marechal Deodoro, no Centro de Curitiba.

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