Manifestantes que ocupam a Câmara Municipal de Belo Horizonte desde sábado (29) rejeitaram nesta segunda-feira (1º) participar de reunião com o prefeito da capital, Marcio Lacerda (PSB), para discutir reivindicações como o repasse imediato da isenção de impostos federais para o valor da passagem dos ônibus na cidade. Por meio de nota, o grupo, intitulado Assembleia Popular Horizontal, afirmou que o encontro foi "definido de forma autoritária e verticalizada", por ter sido anunciado à imprensa antes mesmo de ter sido acertado com os manifestantes.
No início da tarde, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), também por meio de nota, divulgou que Lacerda "convida os representantes dos manifestantes que ocupam a Câmara" para uma reunião no fim da tarde. A PBH afirmou que o convite seria apresentado ao grupo pelo secretário de Governo, Josué Costa Valadão, e pelo assessor-chefe de Comunicação, Régis Souto, que se reuniram com os manifestantes no fim de semana passado.
O documento divulgado pelo grupo afirma que Valadão havia se comprometido, junto com outro representante da PBH, a agendar encontro com o prefeito depois da noite de segunda, quando seria definida a "delegação para levar os encaminhamentos da Assembleia à prefeitura". E acusa o prefeito, que havia recusado encontro com os manifestantes, de "tentar desmobilizar a população e ridicularizar o movimento perante a opinião pública marcando uma reunião às pressas". Diz ainda que o convite para a reunião "sequer chegou às mãos da Assembleia". A PBH informou que o prefeito está aberto à marcação de uma nova data para o encontro, mas vai aguardar contato dos representantes.
O protesto teve início na manhã de sábado, quando os manifestantes ocuparam a Câmara para pressionar os vereadores a aprovarem a isenção do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) sobre o transporte, para reduzir em R$ 0,05 as passagens dos ônibus. Os parlamentares recusaram emenda que previa repasse imediato do fim da cobrança das alíquotas do Programa de Integração Social e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (PIS/Cofins), que poderia fazer a redução das passagens chegar a R$ 0,25.
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