Grupo se dirigiu ao teatro com faixas e um caminhão de som.| Foto: Luiz Carlos da Cruz/Gazeta do Povo

O ministro da Justiça, Osmar Serraglio, foi recebido com protestos e hostilizado na noite desta sexta-feira (31) em Cascavel, Oeste do Paraná, onde proferiu palestra em um evento que debateu a influência da crise política na segurança pública.

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Manifestantes que faziam protestos contra a reforma da Previdência no centro da cidade souberam que o ministro estava no evento e se dirigiram, com um caminhão de som, para a frente do Teatro Municipal de Cascavel. Eles tentaram entrar no local, mas foram barrados pela Polícia Militar e seguranças.

Aos gritos de “ministro golpista” e “ministro da carne podre”, numa referência ao grampo telefônico que revelou conversa do ministro com o suposto líder de um esquema para liberar carnes estragadas em frigoríficos, os manifestantes pediam para falar com Serraglio.

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Durante o protesto, um carro de reportagem da TV Tarobá foi depredado e dois manifestantes foram detidos.

“Recado foi dado”, diz sindicalista

O sindicalista Laerson Matias disse que a manifestação não teve como objetivo afrontar o ministro, nem os participantes do seminário. “Estamos somente nos manifestando para que o ministro leve ao governo federal a nossa insatisfação, a nossa revolta com essa proposta indecente que vai acabar com a nossa aposentadoria”, enfatizou.

Os manifestantes deixaram o local por volta das 20h30. De acordo com Matias, o recado foi dado. “Os trabalhadores presentes neste ato estão dizendo que ele não é bem quisto nesta cidade por ele ser porta-voz do governo que quer acabar com a aposentadoria”, declarou.

O ministro participava da conferência “A Crise Política e seus Reflexos na Segurança Pública”, promovido pela Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (APAC) de Cascavel.

Serraglio comenta Carne Fraca

Mais cedo, em um evento na prefeitura da cidade, Serraglio comentou sobre a gravação divulgada pela PF. O ministro disse que se referiu a Daniel Gonçalves Filho como “grande chefe” em referência ao cargo que o fiscal exercia como superintendente do Ministério da Agricultura no Paraná, e não como se fosse “subordinado” ao suposto líder do esquema. “É ridículo o que se vem repetindo na imprensa”, afirmou.

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