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Cerca de 300 integrantes de movimentos sociais - mobilizados pela Central Única dos Trabalhadores em Alagoas (CUT-AL) e pelo Movimento Social contra a Corrupção e a Criminalidade (MSCC) - invadiram na tarde desta segunda-feira (16) o prédio da Assembleia Legislativa de Alagoas, no centro de Maceió, em protesto contra o retorno de deputados afastados acusados de corrupção. Entre os ocupantes do prédio há integrantes do Movimento dos Sem Terra (MST), Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST) e Movimento Terra, Trabalho e Liberdade (MTL).

O Centro de Gerenciamento de Crise da Polícia Militar de Alagoas foi acionado e já esteve no prédio da Assembleia, mas até a noite desta segunda-feira não tinha conseguido convencer os manifestantes a desocuparem o prédio. A Mesa Diretora ainda não se manifestou oficialmente sobre a ocupação.

Segundo o presidente da CUT em Alagoas, Isaac Jackson, a ocupação da sede da Assembleia é pacífica e tem como objetivo protestar contra a possibilidade do retorno dos deputados afastados, acusados de envolvimento no desvio de R$ 280 milhões dos cofres do Legislativo alagoano. Segundo ele, a invasão faz parte da programação do ato público convocado pelo MSCC e marcado para amanhã à tarde. A coordenação do movimento informou que foram distribuídos 50 mil panfletos convocando a população para o ato público, em frente à sede da Assembleia.

Dos dez deputados estaduais afastados, dois - Edval Gaia Filho (PSDB) e Maurício Tavares (PTB) - já voltaram beneficiados pela decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes. Os outros oito continuam afastados porque respondem a outra ação por improbidade administrativa na Justiça de Alagoas, com afastamento concedido, liminarmente, pelo juiz Gustavo Souza Lima.

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