Cerca de 50 estudantes acampados desde as 19h30 desta quarta-feira (2) no plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal decidiram permanecer no local durante a madrugada desta quinta (3). Eles protestam contra o suposto esquema de pagamento de propina a deputados aliados e integrantes da cúpula do governo do DF. Parte do grupo quer continuar a ocupação até a saída do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM).
Durante a madrugada, o grupo realizou uma assembleia para discutir os próximos passos do movimento e decidir sobre uma vigília a partir das 18h desta quinta-feira.
Os manifestantes ocuparam inicialmente o plenário no início da tarde, mas saíram para que os deputados pudessem ler os requerimentos de abertura dos processos de impeachment do governador e de seu vice, Paulo Octávio, e de quebra de decoro parlamentar contra deputados que teriam participado do suposto esquema de corrupção.
Pouco depois da leitura, eles voltaram a invadir o plenário.
"Temos a proposta de derrubar o governo Arruda, que não tem a menor condição de continuar", disse a estudante de serviço social Lorena Fernandes, que faz parte do Diretório Central de Estudantes da Universidade de Brasília (UnB).
Os manifestantes fizeram uma reunião e escolheram seis representantes para falarem em nome do grupo.
Os seguranças da Câmara disseram que a ordem do presidente interno, Cabo Patrício (PT), é não intervir. Durante a nova ocupação os manifestantes quebraram a porta que dá acesso ao plenário.
Requerimentos
A leitura dos seis requerimentos de impeachment de Arruda é o primeiro passo no processo que vai analisar a permanência do governador no cargo.
Os processos contra Arruda e Octávio seguem agora para a Procuradoria da Casa, que terá 24 horas para dar um parecer. Depois, vão para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) onde, se tiverem três dos cinco votos, vão a plenário. No caso dos deputados, os processos seguem para a Corregedoria, depois para a Comissão de Ética e, finalmente, ao plenário.
O escândalo do mensalão do DEM de Brasília começou no dia 27 de novembro, quando a Polícia Federal deflagrou a operação Caixa de Pandora. No inquérito, o governador José Roberto Arruda é apontado como o comandante de um esquema de distribuição de propina a deputados distritais e aliados.
O governador do DF aparece em vídeos recebendo dinheiro e supostamente negociando o pagamento de mesadas a deputados distritais da base aliada.
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