Protestos estão marcados em pelo menos 34 cidades, incluindo Curitiba.| Foto: Brunno Covello/Gazeta do Povo

Manifestantes vão às ruas nesta sexta-feira (13) pedir a saída de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da presidência da Câmara. Ao todo, estão confirmados eventos em pelo menos 34 cidades do país, incluindo Curitiba. Os protestos serão realizados no final da tarde, e os horários variam de acordo com o município. Na capital paranaense, a concentração será na praça Santos Andrade, às 17h. No final da tarde desta quinta-feira (12), 37 mil pessoas haviam confirmado presença no protesto via Facebook.

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Na página do movimento, os manifestantes elencam sete motivos para a saída de Cunha da presidência da Câmara. O primeiro deles é o escândalo de corrupção envolvendo o deputado – Cunha foi denunciado por receber propinas do esquema de desvios de dinheiro da Petrobras e, além disso, foi comprovado que ele possuía contas secretas na Suíça. Além disso, os manifestantes também devem protestar contra a pauta conservadora defendida pelo deputado.

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Os protestos estão sendo organizados pelo Levante Popular da Juventude e pela Frente Brasil Popular, que inclui a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o Movimento dos Sem Terra (MST).

Nos últimos quinze dias, vários protestos contra Cunha foram realizados em todo o país. No dia 30 de outubro, movimentos de mulheres protestaram contra projeto que dificulta a realização do aborto legal – e aproveitaram para pedir a saída do atual presidente da Câmara, um dos defensores da proposta.

No domingo passado (8), o MST e a CUT protestaram contra o atual presidente da Câmara em várias capitais, incluindo Belo Horizonte e São Paulo. Em Curitiba, no mesmo dia, o Movimento Popular por Moradia (MPM) protestou contra o presidente da Câmara e criticaram a aliança do governo federal com setores conservadores. O protesto foi na Cidade Industrial (CIC), e levou cerca de mil pessoas às ruas.

Semana movimentada

A semana está sendo conturbada para o presidente da Câmara. Além dos protestos, o presidente da Câmara perdeu um apoio importante: o PSDB. Maior partido da oposição, os tucanos mantinham uma relação dúbia com o presidente desde a descoberta de suas contas secretas na Suíça. Ainda que tenham redigido nota pedindo seu afastamento, o partido negociava nos bastidores apoio a Cunha, desde que ele colocasse o impeachment da presidente Dilma Rousseff em votação.

Em reunião na quarta-feira (11), a bancada do PSDB da Câmara decidiu “romper” com Cunha, declarando serem “insuficientes” as explicações de Cunha sobre as contas secretas na Suiça. “Em nenhuma hipótese, a bancada do PSDB irá transigir com a ética exigida dos membros desta Casa, ainda que defenda uma causa nobre, como é o impeachment da presidente Dilma Rousseff”, diz a nota.

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Por outro lado, 12 líderes de partidos, incluindo PMDB, Solidariedade e PP, lançaram nota no mesmo dia manifestando “total apoio e confiança” ao deputado. O texto faz críticas ao suposto pré-julgamento de Cunha. Os partidos representados possuem 246 dos 513 deputados do Congresso.