Quatro associações que representam os empregados da ativa e aposentados da Copel apresentaram, sexta-feira, para a direção da companhia um manifesto contrário ao projeto de lei que autoriza a empresa a estabelecer parcerias para participar do leilão pela concessão de trechos de rodovias federais. O projeto, enviado para a Assembléia Legislativa pelo governo do estado, deve ser votado hoje pelos deputados.
No manifesto, os presidentes da Associação dos Profissionais da Copel, Alceu Pinto de Almeida Filho, da Associação Copel, Luiz César Annes, da Associação Copel Curitiba, José Assis Neto, e o vice-presidente da Associação dos Amigos Copelianos (Somos), Pedro Macente, declaram-se contrários à proposta do estado de fazer com que a Copel invista e faça gestão em estradas pedagiadas. "Deve a Copel priorizar parcos recursos para o investimento elevado exigido na manutenção e ampliação da geração, transmissão, distribuição, pesquisa, novas fontes de energia, para poder contribuir para o desenvolvimento sustentado do Paraná. Sua vocação e finalidade, desde os primórdios, num sentido latu, são para a área de energia", diz a carta.
Os diretores dessas entidades dizem que não são a favor do atual modelo das estradas pedagiadas do Paraná e criticam os altos preços da tarifa. Mas lembram que foi o poder Executivo que cometeu o "erro da concessão" do pedágio e que orientou a tentativa de privatização da Copel. "Houve autorização legislativa para esses e outros atos daquele Executivo. Um erro não justifica o outro", diz a carta.
As entidades ainda lembram que representam 25 mil famílias "copelianas", que moram em todas as regiões do estado e que estarão de prontidão para o desfecho do trâmite do projeto de lei. "Essas mesmas famílias, influentes cada qual em sua comunidade, farão justiça nas urnas, já em 2008 e 2010. Seja o desfecho dessa questão positivo ou negativo para o interesse público", diz o texto.
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