O superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Eduardo Requião, resolveu criar um fato novo: propôs que o ente que dirige deixe de ser uma autarquia e seja transformada em empresa pública, nos mesmos moldes da Copel e da Sanepar.
Tem tudo para ser apenas um factóide uma manobra para desviar a atenção de um fato que está prestes a ocorrer: no dia 8 próximo, o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio, terá de cancelar a delegação do governo federal para o estado administrar os portos ou, então, explicar os motivos pelos quais não tomará tal medida.
O ministro está obrigado a se pronunciar por determinação do Tribunal de Contas da União. A decisão nesse sentido foi aprovada pelo TCU no dia 8 do mês passado depois de constatar a veracidade das denúncias a respeito de um "rosário de irregularidades" na administração portuária do Paraná, dentre as quais a de não realizar a dragagem do canal de acesso e de não cumprir normas ditadas pela Agência Nacional dos Transportes Aquaviários (Antaq). O TCU deu prazo de um mês para que o governo federal tome as medidas cabíveis.
Enquanto isso, além da proposta de criação da empresa pública, o superintendente da Appa trabalha em outra frente: ele quer trazer o presidente Lula ao Paraná nos próximos dias para inaugurar as obras de reforma da sede da Appa. Se não for Lula, que pelo menos seja a poderosa ministra Dilma Roussef a cortar a fita simbólica. Dilma, como se sabe, está para vir neste mês ao Paraná para ajudar o governo estadual a definir prioridades de ação.
Olho vivo
Dúvida cruel 1 O deputado eleito Cassio Taniguchi confirmou ter recebido convite para ser secretário do Planejamento do governo do Distrito Federal. Mas ainda não sabe se o aceitará. Suas ligações com Brasília vêm desde o início do ano, quando seu escritório de consultoria foi contratado para elaborar uma proposta de Plano Diretor para a capital federal e cidades do entorno, a pedido dos então candidatos a governador e vice do DF, José Roberto Arruda e Paulo Octávio.
Dúvida cruel 2 Eleitos, Arruda e Paulo Octávio convidaram Cassio para, como titular do Planejamento, executar o plano que, aliás, contém algumas idéias adaptáveis a Brasília parecidas com soluções urbanas adotadas em Curitiba, inclusive na área do transporte coletivo.
Dúvida cruel 3 Apesar de considerar o convite um desafio que gostaria de enfrentar, Taniguchi reluta em aceitá-lo. Afinal, pensa ele, será muito difícil explicar para os 67 mil eleitores que votaram nele para deputado federal que sequer vai esquentar sua cadeira na Câmara. Ainda mais que o cargo que lhe foi oferecido nem relação tem com os interesses do Paraná.
Mortalidade 1 Apesar da queda em 16,7% do índice de mortalidade infantil de 2005 em relação ao de 2002, o Paraná continua ocupando o último lugar entre os três estados do Sul nesse quesito. Aqui, segundo dados do IBGE, de cada 1.000 crianças nascidas vivas, 20 morrem antes de completar um ano. Em Santa Catarina, 17,2; e no Rio Grande do Sul, 14,3.
Mortalidade 2 A taxa de mortalidade infantil no Paraná, embora seja a sexta menor do país, se assemelha à de estados muitos menos desenvolvidos, como Roraima e Espírito Santo (ambos com taxa de 20,1) e Goiás (20,7).
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"AGORA ESTOU PENSANDO EM 2007, 2008, 2009 E 2010."Do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para quem o crescimento de 0,5% do PIB brasileiro no terceiro trimestre é coisa para ser esquecida.
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