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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, rebateu na noite desta quinta-feira, em São Paulo, as declarações de dirigentes da Força Sindical de que ele era o único ministro do governo Lula a defender a fixação do salário-mínimo em R$ 367.

- Isso é um equivoco. Todos os ministros que participam das negociações com as centrais sindicais estão afinados. Hoje, o governo não apresentou nenhuma proposta com valores de salário-mínimo. As negociações estão apenas começando. Estamos apenas colocando os argumentos. A grande preocupação é com o impacto do aumento do salário-mínimo nas contas da Previdência, porque um aumento maior diminuirá a margem de investimentos do governo - disse Mantega.

O ministro disse que o governo não deseja arrochar o mínimo, mas sim manter a política de valorização num ritmo menos intenso.

- Não queremos arrochar o salário-mínimo. Ao contrário, queremos continuar a política de valorização. O que precisamos definir aogra é o ritmo. O ideal é chegar a um aumento mais moderado e esse aumento mais moderado vai liberar mais recursos do governo para os investimentos. E maiores investimentos significarão mais empregos e mais mão-de-obra - disse o ministro da Fazenda, para quem o momento é de se pensar no crescimento econômico, como vem enfatizando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deseja um crescimento de pelo menos 5% no ano que vem.

- Agora é hora de concentrar os esforços para o crescimento da economia - resumiu Mantega ontem à noite em São Paulo.

O presidente da CUT, Arthur Henrique, considera a visão equivocada.

- Ela contraria as prioridades da campanha eleitoral deste ano, que é atender às camadas mais pobres da população — justamente as que ganham o mínimo - frisa.

Para o secretário-geral da Força Sindical João Carlos Gonçalves, o Juruna, não adianta o Governo "gastar saliva" para convencer sobre a situação econômica do país.

- Não vamos aceitar R$ 367, pois o mínimo é um dos instrumentos mais importantes para gerar renda e crescimento. Continuamos a negociar até chegar a um denominador comum.

A próxima rodada de negociação será na quinta-feira.

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