O ministro da Fazenda, Guido Mantega, explicou que a demissão do diretor financeiro da BR Distribuidora, Nestor Cerveró, no final de março, foi motivada pelo desgaste público em torno da compra da refinaria de Pasadena. Ele era diretor da área internacional da Petrobras na época da aquisição da refinaria. "Houve um desgaste com a polêmica pública e achamos que era o caso de afastar do cargo até que a polêmica seja dirimida. O afastamento é normal", disse o ministro durante audiência pública na Câmara dos Deputados.
Mantega lembrou que Cerveró já era funcionário da Petrobras no governo FHC e era considerado um técnico de qualidade e, por isso, ascendeu na empresa. A aquisição, feita em fevereiro de 2006, foi aprovada pelo conselho de administração da Petrobras, que na época era presidido pela então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Dilma disse em nota ao jornal O Estado de S. Paulo que só aprovou o negócio porque se baseou em um resumo "técnica e juridicamente falho" que foi apresentado na reunião. Cerveró teria sido o responsável pela elaboração do resumo.
Mantega disse que em decisões de compra e venda de empresas o Conselho de Administração da estatal avalia com base em um resumo técnico, porque os contratos são "quilométricos". Segundo o ministro, isso ocorre porque as reuniões são mensais. "A diretoria trabalha todo o dia e tem de se aprofundar e trazer a nós", disse. Segundo Mantega, não falta fiscalização sobre a Petrobras.
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