O ministro da Fazenda, Guido Mantega, foi claro ao afirmar hoje que o novo valor do salário mínimo será de R$ 545. Segundo ele, o governo não vai abrir mão do valor, pois surgiu da regra que vem trazendo ganhos reais substanciais para o mínimo desde 2007. "Queremos revalidar em 2011 essa regra que foi defendida pelos trabalhadores e trouxe muitos ganhos para eles", afirmou, em entrevista coletiva após encontro de três horas com as principais centrais sindicais do País, em São Paulo.
"Com esse acordo, os ganhos do salário mínimo para 2012 já estão assegurados e serão expressivos", afirmou o ministro. Para o próximo ano, provavelmente o mínimo deve subir 12,5%, levando em consideração estimativas do Ministério da Fazenda. A Pasta prevê crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 7,5% em 2010 e inflação oficial de 5% em 2011. Com base nesses cálculos, o mínimo subiria para R$ 613 em 2012.
Mantega também deixou claro que, além do cumprimento da regra que valeu nos últimos quatro anos e que, portanto, tem de prevalecer em 2011, o governo leva em consideração a necessidade de "cortar despesas". O Poder Executivo tem uma meta de superávit primário (economia para o pagamento dos juros da dívida pública) de 3% do PIB e, segundo analistas, precisará cortar R$ 50 bilhões em gastos públicos neste ano.
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