O governo brasileiro deve destinar R$ 240 milhões para a manutenção das tropas brasileiras no Haiti durante todo o ano de 2011, informou nesta quarta (12) o Ministério do Defesa.
A estimativa de gastos foi apresentada no dia em que se completa um ano do terremoto que matou mais de 250 mil pessoas no país caribenho.
Segundo o vice-almirante Ney Zanella dos Santos, o recurso já está previsto no Orçamento da União deste ano, e será ressarcido pela Organização das Nações Unidas (ONU), responsável pela Missão de Estabilização do Haiti (Minustah).
A missão atua no país desde 2004, e é comandada pelo Brasil. Ao todo, militares de 19 paíes atuam no Haiti.
"A ONU pediu a renovação por mais um ano da presença das tropas brasileiras. A pacificação está seguindo seus passos, mas não há prazo para a retirada das tropas", afirmou o almirante.
Segundo o Ministério Defesa, em 2010, o Brasil doou R$ 40 milhões para a Comissão Interna para a Reconstrução do Haiti, um fundo criado com a participação de 26 países, e comandado pelo ex-presidente norte-americano Bill Clinton.
Além da ajuda em dinheiro, o Brasil também doou 2,2 milhões em ajuda humanitária. Até maio do ano passado, foram realizados 31 mil atendimentos clínicos e mais de mil cirurgias. Todos os serviços foram feitos no hospital de campanha enviado pela Força Aérea Brasileira para o Haiti.
"A situação do Haiti com o terremoto piorou muito. Hoje, existem mais de 1,5 milhão de pessoas ainda vivendo em barracas. Nosso apoio mudou e é muito mais humanitário hoje", afirmou.
A pedido da ONU, o Brasil aumentou seu contigente militar no Haiti logo após o terremoto, de1,3 mil para 2,6 mil. Antes do terremoto, a expectativa era começar uma retirada gradual das forças militares a partir de 2011.
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