• Carregando...

O governo brasileiro formaliza hoje no Departamento de Justiça dos EUA o pedido para compartilhar com a CPI dos Correios os documentos relativos à movimentação financeira de Duda Mendonça no exterior, até agora só utilizados por Ministério Público, PF e Departamento de Recuperação de Ativos. Já vi esse filme – Com a medida, o governo espera evitar a repetição do que ocorreu em 2001, quando as CPIs que investigaram o futebol não obtiveram autorização para ter acesso à movimentação de dirigentes, empresários e jogadores no exterior. Cerco total – Em outra frente, os representantes da CPI dos Correios embarcam para Nova Iorque semana que vem munidos de um "plano b" caso fracassem suas negociações com a Promotoria local. Foram identificados outros 16 órgãos que podem fornecer aos parlamentares as informações. À tiracolo – A primeira parada dos parlamentares, se receberem um não da Promotoria em Nova Iorque, será a capital Washington. Viajará com o grupo um perito contábil da Polícia Federal que já está debruçado sobre as contas do marqueteiro Duda Mendonça. Direto ao ponto – Enquanto os tucanos, pelo menos em público, ainda se mostram reticentes em assumir o estrago causado pelas novas evidências da ligação entre Eduardo Azeredo (MG) e o valerioduto, no PFL o diagnóstico está fechado: foi péssimo para a oposição e ótimo para o PT. Tiro no pé 1 – Ao criticar publicamente a política monetária de Henrique Meirelles (BC), o secretário Joaquim Levy (Tesouro) deu combustível a Dilma Rousseff e a Aloízio Mercadante, expoentes do "fogo amigo" contra o ministro Antônio Palocci (Fazenda). Tiro no pé 2 – Levy, que em tudo mais discorda da chefe da Casa Civil e do senador petista, acabou por ajudá-los a alimentar o ouvido de Lula contra a linha seguida por Palocci – chefe do secretário. Na equipe do ministro, ninguém entendeu. E passou a considerar Levy o macaco em casa de louças da área econômica.

Um para um – Expoentes do Conselho de Ética iniciaram corpo-a-corpo com os representantes de seus partidos na CCJ para neutralizar o lobby dos defensores de José Dirceu (PT-SP) pela aprovação na comissão do parecer de Darci Coelho (PP-TO) encerrando o processo contra o petista. Sem barreiras – A defesa de José Dirceu, com mais um adiamento do Conselho, conseguiu o que queria: a sessão da CCJ será realizada antes da votação do parecer de Júlio Delgado (PSB-MG), evitando o "fato consumado" contra o ex-ministro da Casa Civil. Hora da xepa – A plenária em defesa de José Dirceu, realizada em um hotel de São Paulo no final-de-semana, se transformou em sessão para "descascar" a pré-candidatura do senador Aloízio Mercadante ao governo paulista. Chapa quente – Alguns, como o próprio Dirceu, fizeram menções apenas indiretas a Mercadante. O ex-minitro disse que o "fogo amigo" do partido intensificou a crise. Piso mínimo – A única chance de se chegar a um acordo hoje para a votação da medida provisória 255, a herdeira da MP do Bem, é o governo concordar em manter a extensão do Simples. Caso contrário, terá de ir a voto, o que, nos dias de hoje, é sempre um risco.

TIROTEIO

* Do deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) sobre Paulo Ferreira, sucessor de Delúbio Soares no comando das contas do PT, que não quer ser chamado de "tesoureiro" por considerar o termo "depreciativo".

– Depois de inventar o termo recursos não contabilizados para designar caixa 2, o PT agora procura uma nova palavra para se referir a tesoureiro. No partido de Lula, corrupção virou questão semântica.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]