Quando o Mapa da Cor­­rupção Brasileira foi criado na internet, há seis meses, pela editora de imagens Raquel Diniz, nem ela acreditava muito que a ferramenta fosse despertar a atenção de tantos internautas. Quan­­do o aplicativo foi lançado no Google Maps, ele contava apenas com 20 casos de corrupção publicados e, hoje, já são mais de 120 mil acessos e 200 registros de desvio de conduta de políticos de todo o país. Todos os casos são alimentados no mapa por internautas – uma maneira de mostrar as irregularidades e cobrar os políticos, sobretudo nas eleições.

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A iniciativa de criar o mapa se deu a partir da experiência de Raquel em meio às manifestações que surgiram nos últimos dois anos na Espanha, país onde morou. Lá, ela viu de perto a população ir às ruas para protestar contra uma série de cortes do governo local. O que mais lhe chamou a atenção na época foi a maneira como os espanhóis se organizavam para as manifestações. "As pessoas, revoltadas com o que estava acontecendo, começaram a se dar conta que a cultura digital seria uma excelente aliada e marcavam os locais dos protestos através das redes sociais", diz a editora de imagens. Ao voltar para o Brasil no início deste ano, Raquel percebeu que o país também tinha potencial de mobilização on-line

No balanço geral do Mapa da Corrupção, os principais partidos do país têm cadeira cativa. Do PT, partido do governo, ao PSDB e DEM, da oposição, passando por PMDB, PR e PSB, estão todos lá, no rastro das fraudes cometidas por seus filiados e sob os olhar cada vez mais atento da população, que amplia o site com os casos de corrupção mais importantes da semana. E novos episódios se eternizam na internet.

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Segundo Raquel, os cam­­peões de denúncias são o ex-ministro Antonio Palocci, o primeiro a deixar o governo Dilma; e o deputado federal Anthony Garotinho (PR-RJ).

Serviço:

Acesse o mapa da corrupção