A CPI dos Correios marcou para a próxima quarta-feira o depoimento de Marcus Vinicius Vasconcelos, genro do deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ). Ele foi acusado pelo ex-chefe do Departamento de Contratação e Administração de Material dos Correios Maurício Marinho de ser o emissário de Jefferson na execução de um esquema de arrecadação de recursos na estatal para o partido.

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Um dia antes, a CPI vai ouvir o ex-presidente do Banco Popular do Brasil (instituição ligada ao Banco do Brasil) Ivan Guimarães. Indicado para o cargo pelo ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, Guimarães é apontado como intermediário da negociação de um empréstimo no Banco Rural para Ângela Saragoça, ex-mulher do deputado José Dirceu (PT-SP), comprar um apartamento.

O presidente da CPI, senador Delcidio Amaral (PT-MS), e o relator, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), reafirmaram nesta sexta-feira que a comissão vai concentrar seus trabalhos nos contratos feitos pelos Correios. A partir da próxima semana, a CPI também passará a dividir os depoimentos, que serão tomados nas subcomissões.

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Serraglio disse que deve concluir até a próxima sexta-feira o relatório parcial da comissão, que inclui a lista dos 18 deputados citados nas denúncias. Ele informou também que não vai emitir juízo de valor nesse relatório. Serraglio afirmou que o relatório deve ser entregue à presidência da Câmara, mas antes terá de ser analisado e aprovado pelos integrantes da CPI.

Em dois meses de trabalho, a CPI dos Correios já ouviu 27 pessoas e quebrou 65 sigilos de investigados. Das 71 contas analisadas, 54 receberam recursos do empresário Marcos Valério, acusado de ser o principal operador do esquema de pagamento de mensalão. Ao todo, foram apresentados 838 requerimentos, dos quais 452 foram aprovados. Os pedidos de quebra de sigilo pendentes somam 108. A CPI analisa ainda 70 mil notas fiscais enviadas apenas pelo Banco do Brasil e pelo Banco Popular do Brasil.