Um dia após pedir exoneração do cargo de ministro da Saúde para participar da eleição do líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Marcelo Castro foi renomeado nesta quinta-feira (18) pela presidente Dilma Rousseff para reassumir a pasta. Castro havia pedido seu afastamento para retornar ao cargo de deputado federal e ajudar na recondução de Leonardo Picciani, que pertence à ala governista do partido.
Apesar de ser alvo de duras críticas do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e de outros deputados do PMDB da parcela oposicionista do governo, o ministro manteve a decisão de apoiar Picciani, cuja eleição era apontada como fundamental para a pauta do impeachment perder força e votações a favor do ajuste fiscal ganharem fôlego no Congresso.
Vitória de Picciani dá alívio ao Planalto, mas união do PMDB ainda é desafio
Leia a matéria completaQuando chegou para participar da votação, Marcelo Castro foi recebido com uma chuva de papéis com imagens do Aedes aegypti e abordado manifestantes fantasiados como mosquito, uma crítica ao fato de ter se afastado do Ministério da Saúde no momento em que o país enfrenta um surto do zika vírus, transmitido pelo mosquito.
O ato foi comandado pelo partido Solidariedade, cujo presidente, o deputado Paulinho da Força, é um dos principais aliados de Cunha no Congresso.
A renomeação de Castro foi assinada pela presidente Dilma Rousseff e publicada no Diário Oficial da União. O ministro já voltou a exercer normalmente suas funções na pasta da Saúde.
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