O executivo Marcelo Odebrecht chegou ao Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) para prestar depoimento do processo que pode resultar na cassação da chapa Dilma-Temer e foi ‘recepcionado’ por um miniprotesto. Aproveitando a presença do ex-presidente da Odebrecht, um grupo fez um ato em defesa da operação Lava Jato. Os manifestantes ficaram poucos instantes no local.
O depoimento foi solicitado no processo depois que os acordos de colaboração premiada dos executivos da Odebrecht foi homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Odebrecht, que está preso na Superintendência da Polícia Federal (PF), em Curitiba, chegou para depor escoltado pela PF por volta das 14h. Ele será ouvido pelo relator do processo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Herman Benjamin, que está em Curitiba para a oitiva. O executivo foi preso na 14ª fase da Lava Jato, batizada Erga Omnes.
Em um depoimento, o executivo Cláudio Melo Filho afirmou que participou de uma reunião no Palácio Jaburu em 2014 com o então vice-presidente Michel Temer, que teria pedido R$ 10 milhões para a campanha do PMDB daquele ano. O depoimento de Marcelo pode esclarecer se a reunião realmente aconteceu.
A depender do teor do depoimento, Odebrecht pode dificultar a estratégia da defesa de Temer, que pretende pedir um julgamento separado para as contas do presidente na chapa de 2014. Odebrecht também pode confirmar um pedido de Dilma, de R$ 12 milhões, que seriam repassados ao marqueteiro João Santana e ao PMDB em 2014. Também há suspeitas de que dinheiro da Odebrecht teria sido usado para comprar tempo de TV de partidos que fizeram parte da coligação nas últimas eleições presidenciais.
Os executivos Benedicto Barbosa e Fernando Reis também serão ouvidos na ação, nesta quinta-feira (2), no Rio de Janeiro. Já os executivos Alexandrino Alencar e Cláudio Melo Filho prestam depoimento na segunda-feira (6), em Brasília. A decisão do TSE ainda não tem data para sair. O relator pode pedir a cassação da chapa Dilma-Temer. Com isso, o presidente Michel Temer seria afastado da Presidência da República e um novo presidente seria eleito pelo Congresso Nacional para cumprir um mandato tampão, até as eleições de 2018.
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