• Carregando...
Na capital, o grupo combinou o encontro na Rua 31 de Março, dia do golpe militar | Brunno Covello/Agência de Notícias Gazeta do Povo
Na capital, o grupo combinou o encontro na Rua 31 de Março, dia do golpe militar| Foto: Brunno Covello/Agência de Notícias Gazeta do Povo

Cerca de 30 pessoas, entre civis e militares, participaram na tarde deste sábado (22) da edição curitibana da Marcha da Família com Deus, no bairro Pinheirinho. A manifestação, que pretendia reeditar o movimento de 1964 que amparou a ditadura, também ocorre em outras cidades do país. Na capital, o grupo combinou o encontro na Rua 31 de Março (considerado pelos militares como dia da tomada de poder; a deposição do então presidente João Goulart foi no dia 1º de abril), em frente ao quartel da 5ª Região Militar de Curitiba.

A 11 km do Centro da capital, onde costumam acontecer protestos e levantes populares, o movimento teve pouca adesão e quase nenhuma ação. Dois cartazes, uma bandeira da Associação de Militares da Reserva, vários reservistas do Exército, poucas mulheres e jovens: esses eram os integrantes do protesto. Eles argumentavam que a luta era que os movia era contra "tudo que está aí e que todo mundo sabe o que é", contra a corrupção, pelo descaso com as Forças Armadas e pelo fim do comunismo no Brasil.

Para os manifestantes, os indícios de que o Brasil viveria uma "ditadura comunista" seriam o apoio aos governos de Cuba e Venezuela, a Comissão Nacional da Verdade, o Foro de São Paulo. Para eles, o ideal é que haja no Brasil democracia, respeito aos símbolos nacionais, mais segurança, saúde e educação.

Há divergência, entre os próprios manifestantes, sobre uma possível intervenção militar ou dissolução do Congresso Nacional. Alguns acreditam que a alternância de poder é importante e outros apoiam que os militares assumam o poder, com base no artigo 142 da Constituição. O artigo 142 aponta que as Forças Armadas devem zelar pela ordem sob autoridade suprema do presidente da República.

Centro

O encontro, que estava marcado para as 15h, começou a perder força por volta das 15h40, com a notícia que outro grupo estava reunido na Boca Maldita, no Centro da cidade. Os manifestantes do Pinheirinho acreditavam que no Centro, haveria pelo menos 1200 pessoas e decidiram que iriam até a região central. Quando o grupo chegou à Praça Osório, no entanto, não encontrou outros manifestantes. Por volta das 17h30, porém, cerca de 20 pessoas vestidas de branco, com cartazes e bandeiras, estiveram no local.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]