A Marcha da Família com Deus pela Liberdade, realizada no Centro do Rio de Janeiro neste sábado, teve momentos de tensão e acabou na expulsão, pela Polícia Militar, de militantes de movimentos sociais que a contestavam.

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A confusão começou depois que cerca de 150 manifestantes que defendem uma intervenção militar na política nos moldes do golpe de 1964 encontraram outro grupo, com cerca de 50 integrantes de movimentos sociais. Com posição política de esquerda, esses militantes protestaram contra a manifestação pró-golpe, que começaVa caminhada pela Avenida Presidente Vargas iniciada na Candelária. O encontro dos dois grupos aconteceu perto do Comando Militar do Leste, na área da Central do Brasil, no Centro do Rio.

Policiais militares fizeram um cordão de isolamento entre as duas manifestações, mas houve um momento em que integrantes dos dois lados furaram o bloqueio. Houve corre-corre, e a Polícia acabou forçando os manifestantes de esquerda a deixar o local. Antes do tumulto, o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) participou da Marcha. Ele disse, no entanto, que não é favorável à proposta de intervenção militar, que, segundo ele, "descaracteriza o movimento".

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"Estou aqui como patriota. Este governo, aos poucos, via legislação, busca cercear os direitos individuais dos cidadãos", declarou o parlamentar, cujo partido integra o governo federal e o apoia no Congresso Nacional.

Entre as palavras de ordem da Marcha, estava: "Da liberdade não abro mão. Pela família, eu quero intervenção" e "Defesa da família não é golpe militar, é deixar a pátria livre para a ordem governar" e "Comunas não passarão". As palavras de ordem estampadas pelos integrantes dos movimentos sociais em placas incluíam: "Pelo fim do Estado, poder ao povo" e "Paredão aos torturadores do regime militar".