O traficante Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, foi condenado na noite de terça-feira (7) a 36 anos de prisão, sendo 18 por cada crime. O traficante, que está custodiado atualmente no Presídio Federal de Catanduvas, no Paraná, é acusado de ter esquartejado André Luis dos Santos Jorge, o Dequinha, e Rubem Ferreira de Andrade, conhecido como Rubinho. Este foi o segundo julgamento do caso, já que o primeiro foi anulado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Eduardo Luiz Paixão, o Duda, que também seria julgado neste caso na terça-feira, teve o seu processo desmembrado, uma vez que sua defesa recusou um dos jurados durante o sorteio. Seu julgamento foi marcado para o dia 18 de setembro.
O julgamento foi presidido pelo juiz Fábio Uchoa Pinto de Miranda Montenegro. Não houve depoimentos de testemunhas. Durante o julgamento, o traficante disse ao juiz que não tinha profissão definida e era pai de seis filhos. Falou também que já tinha trabalhado vendendo balas no trem. Quanto ao seu envolvimento com o crime, falou que era inocente.
Marcinho VP foi a júri popular, pelo mesmo crime, pela segunda vez. Ele foi condenado, no primeiro julgamento, em 31 de julho de 1999, a 36 anos de reclusão. A defesa do traficante apelou da sentença, pedindo anulação do júri, alegando inversão de quesitos. Mas teve o pedido negado pela 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio, confirmando a decisão do 1º Tribunal do Júri. O Superior Tribunal de Justiça (STJ), porém, concedeu novo julgamento.
Segundo a denúncia do Ministério Público, o crime aconteceu na madrugada do dia 11 de outubro de 1996, na localidade conhecida como Grota e na Avenida Central, próximo à Praça do Terço. As vítimas tiveram suas cabeças e partes do tronco esquartejadas. Os corpos foram encontrados dentro de um bueiro, na Rua Joaquim Queiroz. As vítimas tinham ligação com o traficante conhecido como Leite Ninho, de quadrilha rival à dos denunciados, que pretendia assumir todo o controle do tráfico no Complexo do Alemão.
Mais três acusados foram denunciados na época pela promotora pública Patrícia Mothe Glioche Beze: Severino Alves da Silva, o Rambo; Genilton Fernandes Mendonça, o Tirré; e Joel de Oliveira Carvalho, o Joel Bombeirinho. Eles não participaram do julgamento pois estão foragidos.
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