Ao comentar a posse de Ricardo Lewandowski como novo presidente do Supremo Tribunal Federal, o ministro Marco Aurélio Mello criticou o antigo colega Joaquim Barbosa, último a presidir a corte. Marco Aurélio, um dos mais antigos integrantes do Supremo disse à Rádio Estadão que espera que a gestão de Lewandowski seja "uma época de diálogo maior". "Diálogo que não tivemos na gestão imediatamente anterior ante os inúmeros atritos surgidos com segmentos da magistratura, Ministério Público, Defensoria e os demais poderes", afirmou Marco Aurélio, que discursa na posse marcada para a tarde desta quarta-feira, 10.
Sobre a gestão de Barbosa, Marco Aurélio admitiu que a maneira como o antigo colega conduzia as sessões atrasava o andamento dos processos. "As sessões ficaram um pouco mais demoradas pelos incidentes verificados e as discussões por vezes descambaram para um campo que não é o do Supremo".
Questionado sobre o processo do mensalão, quando Barbosa e novo presidente da Corte travaram vários embates, Marco Aurélio disse que "a história fará justiça aos votos proferidos pelo ministro Ricardo Lewandowski". "O que não dá é para partir para a intolerância ou não aceitar o entendimento diverso do colega", afirmou Marco Aurélio Mello.
O ministro falou sobre o papel do presidente da Corte e disse que notou, nas últimas semanas, período em que Lewandowski liderou o Supremo interinamente, uma maior produção no plenário. Na opinião de Marco Aurélio, Lewandowski deve reformular o papel do Conselho Nacional de Justiça para que ele deixe a função de "simples corregedoria" e passe a programar "o Judiciário que queremos".
Milei completa um ano de governo com ajuste radical nas contas públicas e popularidade em alta
Lula cancela agenda após emergência médica em semana decisiva no Congresso
Congresso prepara uma nova fatura para você pagar – e o governo mal se move
Prêmio à tirania: quando Lula condecorou o “carniceiro” Bashar al-Assad