Em discurso na abertura da reunião ampliada do Diretório Nacional do PT, o presidente nacional do partido, Marco Aurélio Garcia, disse na manhã deste sábado, em São Paulo, que o partido também defende a formação de um governo de coalizão para o segundo mandato de Lula, mas lembrou que coalização não significará "distribuição fisiológica de cargos". Para ele, antes de mais nada, coalizão "é um compromisso com um programa". Por isso, ele disse que o partido, vitorioso nas urnas, não permitirá que se fale em "despetizar" o governo, pois, afinal, não houve uma "petização" no governo. Leia aqui a íntegra do discurso de Marco Aurélio .
O presidente do PT sugeriu ainda que alguns adversários não se conformam com a derrota nas eleições.
- Mal passados alguns dias da vitória de 29 de outubro, apareceram aqueles que querem confiscá-la - afirmou Marco Aurélio - Primeiro, tentando impor ao governo a agenda econômica derrotada na eleição. Para estes, o crescimento da economia é uma quimera de "desenvolvimentistas", fora da realidade. O pensamento único, do qual estão empapados muitos "analistas", aconselha um conjunto de medidas que só atinge os de baixo: reforma da previdência, cortes de gastos sociais, ritmo mais lento dos aumentos do salário mínimo, reformas trabalhistas que cortarão direitos dos trabalhadores.
A tentativa de "despetizar" o governo, segundo Marco Aurélio, é um "ardil dos que querem conficar a vitória de outubro"
- O segundo ardil dos que querem confiscar a vitória de outubro é decretar a necessidade de "despetizar" o Governo. Fala-se dessa despetização, quase como se tratasse de desratizar algo.
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