Marcos Camacho, o Marcola, apontado como líder da facção criminosa que realizou ataques terroristas a São Paulo, entrou nesta segunda-feira em greve de fome. Ele está preso no Centro de Readaptação Penitenciária (CRP) de Presidente Bernardes, no oeste do estado. Outros 40 detentos teriam aderido à greve de fome, que seria um protesto contra modificações feitas no presídio durante reforma recentemente concluída.
Uma das mudanças que desagradaram os presos foi a instalação de placas de metal perfurado nas janelas, o que, segundo eles, deixas as celas mais abafadas e escuras e impede a circulação de ar.
A reforma foi realizada por causa de uma briga entre presos ocorrida em julho. Na ocasião, foram destruídas pias e vasos sanitários, vidros e telas das janelas. Durante as obras, parte dos detentos foi transferida para um presídio em Avaré. Eles retornaram a Presidente Bernardes no dia 1º e não gostaram das modificações.
Os presos que aderiram à greve recusaram todas refeições desta segunda café da manhã, almoço e jantar. Eles informaram à administração do presídio que pretendem comunicar a imprensa sobre as razões do movimento.
Em 15 de setembro, o Tribunal de Justiça (TJ) decidiu manter Marcola preso por 360 dias em Regime Disciplinar Diferenciado (RDD). Como na data ele havia cumprido 120 dias em internação provisória, ele teria de ficar no regime de isolamento por mais 240 dias, ou seja, até maio de 2008. A decisão de baseia no argumento do Ministério Público de que ele lidera o PCC, responsável pelos ataques realizados em São Paulo a partir de maio.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura