Transferido para a penitenciária de Presidente Venceslau nesta terça-feira, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, finalmente poderá ter a sua lua-de-mel com a estudante de direito Cynthia Giglioli da Silva, 30 anos, com quem se casou em 3 de janeiro. Ele deixou o regime de isolamento no presídio de segurança máxima de Presidente Bernardes na manhã de ontem. Durante 10 dias ele ficará separado dos demais presos ( saiba mais sobre a transferência e sobre o presídio )

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A transferência torna Marcola preso comum e também terá direito a visitas íntimas, uma vez por semana, durante quatro horas. Ele ficará em uma cela individual, com televisão, mas poderá se misturar com os demais detentos do presídio durante o banho de sol.

Marcola estava desde 12 de maio de 2006 no RDD por causa dos atentados terroristas a São Paulo, que mataram 24 PMs, oito policiais civis, oito agentes penitenciários e quatro guardas municipais. Neste período, tinha apenas duas horas diárias de banho de sol. No resto do tempo ficava trancado na cela, sem direito a rádio, TV, jornal e visitas. Em seu casamento, ficou separado de Cynthia por um vidro. Ele também só podia conversar com seus advogados pelo interfone.

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No novo presídio, além do direito a visitas íntimas, ele pode receber parentes ou amigos cadastrados durante duas horas e meia nos fins de semana e o "jumbo" — alimentos e objetos de uso pessoal.

Em nota oficial, a Secretaria da Administração Penitenciária afirma que, por falta de amparo legal, não pode solicitar à Justiça a permanência do detento em RDD. O Ministério Público também não fez qualquer solicitação neste sentido.

O secretário da Segurança Pública, Ronaldo Marzagão, diz que a permanência de Marcola em Presidente Venceslau será condicionada ao comportamento dele. "Haverá monitoramento ao preso para que, caso se constate eventuais faltas, as autoridades possam adotar as providências cabíveis em juízo", explica.