A CPI do Tráfico de Armas ouvirá o chefe da facção criminosa que matou 47 policiais há 15 dias, o traficante Marcos Williams Camacho, o Marcola, que está preso na Penitenciária de Presidente Bernardes. Os deputados da CPI irão a Presidente Bernardes para ouvir Marcola, que deve falar sobre o vazamento das informações da CPI que detonaram os ataques da facção a bases policiais nos últimos dias 13 e 14 de maio e que levaram a mais de 160 mortes em todo o estado de São Paulo.
Em sessão reservada, o delegado Godofredo Bittencourt falou aos deputados da CPI do Tráfico de Armas sobre as medidas que o estado poderia adotar contra os bandidos da facção criminosa. Nessa sessão, soube-se que os chefes da facção poderiam ser transferidos para presídios de segurança máxima. Mas os advogados dos criminosos, Sergio Weslei da Cunha e Maria Cristina Rachado, compraram uma cópia do CD da sessão sigilosa e enviaram seu teor aos bandidos na cadeia. Em posse das informações sigilosas, a facção determinou, por celular, a reação que os bandidos deveriam ter nas cadeias e fora dela em represália à decisão de transferência dos chefes do crime organizado que estavam nas prisões.
O depoimento de Marcola aos deputados da CPI será tomado no próprio presídio por medida de segurança. Inicialmente, pensou-se em levar o bandido até o Fórum da Barra Funda, onde seria ouvido pela CPI, mas temendo um resgate, os deputados irão a Presidente Bernardes. Os deputados ainda não divulgaram o horário do depoimento, que será mesmo na quinta-feira.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Deixe sua opinião