O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), defendeu nesta quarta-feira seu governo de um suposto envolvimento com o contraventor Carlos Augusto, o Carlinhos Cachoeira, preso pela PF em fevereiro, durante a operação Monte Carlo, que investiga a exploração de jogos ilegais em Goiás. "Não há qualquer envolvimento do governo de Goiás com a contravenção", disse o governador durante entrevista ao Jornal Anhanguera (1ª. Edição), da TV Anhanguera.
Perillo disse, ainda, que determinou ao secretário de Segurança Pública, João Furtado, levantamento das operações de apreensão e destruição de máquinas caça-níqueis, desde janeiro do ano passado, quando assumiu o governo de Goiás. "Desde o início (do governo) determinei o combate duro e efetivo à contravenção no Estado", disse Perillo. Ele disse que está tranquilo sobre o desfecho das investigações e afirmou que policiais, civis e militares, presos sob suspeita de envolvimento com "ilícitos" no Estado acabaram soltos pela Justiça.
O governador revelou ter recebido apoio de seu partido e, em especial dos senadores. Citou o nome de Alvaro Dias (PR) e sua determinação em defendê-lo da tribuna.
Relatório da PF
Perillo surpreendeu, no entanto, ao revelar que teve acesso ao relatório dos delegados da PF, sobre as investigações da Operação Monte Carlo. O governador frisou que pretende imprimir uma reforma administrativa, nos próximos dias, mas evitou entrar em detalhes sobre o pedido de demissão da chefe de seu gabinete, Eliane Pinheiro.
Nesta terça-feira (3), Eliane Gonçalves Pinheiro pediu demissão do cargo. De acordo com a PF, ela teria obtido informações sigilosas sobre operações policiais direcionadas ao empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
"Não tenho a temer", escreveu Eliane na carta de demissão. "Injustamente também fui vítima de um grande equívoco, pela coincidência de meu nome com o de outra Eliane, que desconheço, e que protagoniza conversas telefônicas grampeadas na investigação".
Além da destruição de uma centena de máquinas caça-níqueis, nos últimos quatro dias em Goiânia e na vizinha Aparecida de Goiânia o Diário Oficial do Estado publicou, na edição desta quarta o Decreto 7.587/12, vedando a nomeação, contratação e a designação para função comissionada de pessoas que tenham sido responsabilizadas ou condenadas pela prática de infração penal, civil ou administrativa.
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