Brasília (Das agências) – As empresas SMP&B Comunicação e Graffiti Participações, que têm Marcos Valério como sócio, entraram na Justiça para cobrar do PT os supostos empréstimos bancários de R$ 55,9 milhões feitos a pedido do partido nos bancos Rural e BMG. Incluindo juros e correção, Valério quer receber R$ 100,082 milhões.

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Além das ações movidas por meio das empresas, o publicitário mineiro protocolou na Justiça uma ação em caráter pessoal. Pede que o PT seja citado para pagar, em 15 dias, a quantia de R$ 500,769 mil. Refere-se à parcela que Valério teria quitado (R$ 351,508 mil, mais juros e correção) do empréstimo de R$ 2,4 milhões concedido pelo BMG diretamente ao PT, com o aval do empresário.

Todas as ações tramitam desde sexta-feira na Justiça Federal de Brasília. As da SMP&B e da Graffiti foram protocoladas na 11.ª Vara Cível de Brasília. A de Valério, na 10.ª Vara Cível de Brasília. O advogado Rodolfo Gropen, autor das ações, informou que escolheu o foro da capital da República porque a sede do PT está localizada na cidade.

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Gropen disse ainda que, antes de entrar com as ações, Valério e as empresas haviam notificado judicialmente o PT, para que o partido liquidasse os débitos. Como não houve nem resposta, optou-se por dar seqüência à cobrança judicial.

Segundo o advogado, a SMP&B e a Graffiti estão sendo acionadas pelo Banco Rural e pelo BMG no foro de Belo Horizonte. Os dois bancos cobram o pagamento dos empréstimos. "Meus clientes não têm patrimônio para liquidar as dívidas sem receber do Partido dos Trabalhadores", disse.

Os supostos empréstimos foram feitos entre fevereiro de 2003 e outubro de 2004. Mas só agora, em 2005, os bancos e Valério estão cobrando a dívida. O advogado sustenta nas ações que os créditos foram pleiteados nas casas bancárias a pedido do então tesoureiro do PT, Delúbio Soares.