O empresário Marcos Valério prestou depoimento por cerca de dez minutos na sede da Polícia Federal (PF), em Belo Horizonte. O empresário ficou em silencio durante o depoimento. Ele foi convocado para depor no inquérito que apura o esquema de favorecimento de parlamentares no congresso Nacional, o chamado mensalão.
O empresário entrou à pé no prédio da PF, onde ficou por cerca de 10 minutos. Na saída, ele aparentou tranqüilidade, mas não deu nenhuma declaração aos jornalistas, repetindo a atitude que deve durante o depoimento. De acordo com o advogado do empresário, Marcelo Leonardo, Marcos Valério só vai se pronunciar sobre o assunto na Justiça. O advogado argumentou que já há um processo no Supremo Tribunal Federal que apura o mesmo assunto e que, por isso, o inquérito seria desnecessário.
Estavam marcados também depoimentos de Simone Vasconcellos e Geiza Dias, ex-funcionárias de Valério na agência SMPB. A empresa foi acusada de ser usada para movimentações financeiras, no suposto esquema de pagamento de mensalão a parlamentares da base aliada do governo federal. Marcelo Leonardo afirmou que as duas também não devem dar declarações à polícia federal.
Os depoimentos estavam previstos, inicialmente, para quarta-feira, em Brasília. Mas o advogado conseguiu que as audiências fossem adiadas para a capital mineira, já que os três têm residência fixa em Belo Horizonte. Na terça-feira, a defesa do empresário mineiro chegou a entrar com pedido de hábeas-corpus no Supremo Tribunal Federal (STF), solicitando a dispensa do depoimento de seu cliente à Polícia Federal, mas o pedido foi negado.
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