São Paulo, SP - Na tentativa de fechar alianças à Presidência, a senadora Marina Silva (PV-AC) tem se concentrado no PSol, da ex-senadora Heloísa Helena (AL). A união ampliaria o tempo de TV do Partido Verde de cerca de dois minutos -, embora a senadora diga que o importante é a questão "programática" o PV é aliado do DEM e do PSDB em São Paulo, e do PT no governo federal.
O PV quer, no entanto, um candidato a vice-presidente que também seja empresário por avaliar que ajudaria a construir uma imagem de Marina mais moderna, além de facilitar a arrecadação de recursos. Um dos cotados é Guilherme Leal, copresidente do Conselho de Administração da Natura, recém- filiado ao PV.
Em palestra ontem sobre enconomia verde, na qual foi saudada como pré-candidata do PV à Presidência, a ex-ministra do Meio Ambiente disse que queria evitar o discurso "ecoterrorista", mas usou termos como "ponto de declínio sem retorno". Defendeu um "novo fazer civilizatório" e permeou o discurso com expressões como "aliança intergereacional" e "lideranças e processos multicêntricos". Sem citar a metodologia, falou que os setores de energia solar, eólica e de biomassa criariam, respectivamente, 770 mil, 1,175 milhão e 300 mil "empregos verdes".
Questionada sobre a reunião de Copenhagen, na qual a pré-candidata do governo à Presidência e ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, será chefe da delegação brasileira, a senadora disse: "Não vamos fulanizar. O governo tem de ter uma posição. Até bem pouco tempo a questão estava solta." Segundo ela, o governo está atrasado nesta missão.
No evento, a senadora ainda defendeu mudança na legislação eleitoral para que seja regulamentada a fase de pré-campanha. Em resposta às acusações de uso da máquina pública por Dilma Rousseff, Marina disse que, independentemente de "picuinha de disputa eleitoral", a lei precisa ser cumprida.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vem sendo acusado pela oposição de promover campanha fora do prazo, o que é proibido pela lei. A legislação eleitoral só permite a realização de atos para a promoção de candidaturas após as convenções partidárias, em junho de 2010. "A gente deve respeitar a legislação eleitoral, ainda que eu ache que a legislação deveria prever o processo da pré-campanha. É pré-campanha, mas não existe campanha? Então teria que pensar uma legislação para a pré-campanha", afirmou a senadora em passagem por São Paulo.
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