A pré-candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, criticou, nesta quarta-feira (26), as declarações da ex-ministra Dilma Rousseff (PT), sua adversária na disputa, que defendeu a diminuição de impostos sobre os remédios.
Em entrevista à rádio BandNews FM, Marina criticou o fato de Dilma ter feito parte do governo atual como ministra da Casa Civil e defender algo que poderia ter sido feito. "Os que estão aí ficaram os oito anos no governo. Primeiro, ficam quatro anos e voltam dizendo que não deu tempo de fazer tudo e que precisam de mais quatro anos. Depois, voltam e pedem para eleger seu sucessor porque esse sim vai fazer as coisas", afirmou.
A senadora do PV voltou a dizer que é contra a reeleição e defendeu um mandato de cinco anos. "As pessoas fazem de tudo para se reeleger em lugar de fazer de tudo para o país avançar. Até aqui, tem sido assim: políticas de curto prazo para alongar os prazos dos políticos. O Brasil precisa que cada um assuma a responsabilidade como se fosse uma corrida de quatro por quatro: quem chegar passa o bastão para o próximo."
Questionada sobre a polarização PT e PSDB na disputa pela Presidência da República, Marina afirmou que o percentual de 12% de intenções de votos verificado na última pesquisa Datafolha é uma "prova de que o povo brasileiro não vai se conformar com a tese do plebiscito" e disse desejar que o Brasil esteja maduro para não se deixar influenciar por essa teoria.
Segundo ela, o compromisso com a educação num eventual governo do PV é algo "visceral". Marina relembrou que foi analfabeta até os 16 anos e que concluiu o primeiro e segundo graus com supletivos. "Sei o quanto é difícil para uma pessoa não ter a chance de estudar. É como se ela ouvisse pela metade", disse.
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