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A candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, disse nesta sexta que pretende, se eleita, trabalhar em parceria com produtores rurais e madeireiros, dando subsídios para que eles trabalhem de acordo com a legislação ambiental. "Para que as pessoas passem a ser respeitadas e deixem de ser tratadas como se fossem contraventores do meio ambiente", disse, em entrevista à rádio 730, de Goiás. Com apoio federal, a candidata acredita que os produtores possam contribuir para o desenvolvimento econômico, respeitando a legislação social e ambiental.

Marina, que cumpre agenda de campanha em Goiânia, disse que sua aliança com o empresário Guilherme Leal, que é o vice de sua chapa, representa a união de duas pessoas que se destacaram na vida por meio da educação e que ambos têm compromisso com o meio ambiente e a inclusão social. Segundo a candidata, seu vice faz parte de uma geração de empresários modernos que investem em tecnologia, conhecimento e produtividade sem desrespeitar a legislação ambiental e trabalhista.

"Nós queremos ter uma relação de respeito e de parceria com os empresários porque eles são importantes para o desenvolvimento do País", reforçou, durante a entrevista.

Davi e Golias

Marina comparou sua candidatura à luta bíblica de Davi contra Golias. "Obviamente pelas circunstâncias eu sou o Davi. E isso é muito bom porque, apesar das circunstâncias serem desfavoráveis para o Davi, ele ganhou a batalha. E ele ganhou porque estava com a causa certa e usando as armas corretas", disse.

Para Marina, seu desafio é semelhante ao do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em sua primeira campanha presidencial, quando enfrentou preconceitos e resistências. "Passaram-se alguns anos e ele conseguiu chegar à Presidência da República. Lembro que as pessoas faziam um verdadeiro terrorismo contra o Lula. (Disseram) que se fosse eleito quem tinha uma galinha ia ser tirada a galinha, quem tinha dois quartos na casa iam tirar um... era uma injustiça", recordou. "Não foi um presidente perfeito porque perfeito não é ninguém, mas conseguiu grandes conquistas."

A candidata reconheceu que faz uma campanha com poucos recursos e palanques regionais, mas disse que essa foi uma escolha do PV. Ela criticou também a política de alianças que buscam maior espaço no horário político gratuito na TV e atacou a transformação dos partidos em "máquina de disputar poder". "Fazemos alianças sim, mas com núcleos vivos da sociedade. Olho para alguns palanques que tem 500 anos de política velha. É tão pesado que chega a cair", ironizou.

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