A pré-candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, criticou nesta terça-feira (25), depois de participar da sabatina da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a posição da diplomacia brasileira de apoiar o projeto nuclear iraniano. Marina disse enxergar com preocupação a relação do Brasil com o regime iraniano e afirmou que o presidente Mahamoud Ahmadinejad "quer fazer a bomba atômica".

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"Claro que todos vemos com preocupação (a relação do Brasil com Irã). Temos que ter muito cuidado para não dar audiência a um governante que não respeita direitos humanos, que tem presos políticos, nega o holocausto , uma série de questões que são inaceitáveis. O Brasil é a única democracia ocidental que está dando audiência para o Ahmadinejad", afirmou Marina. "Se, de fato, tiver uma posição do Irã de quebrar o paradigma histórico de que eles querem construir a bomba atômica, será bom. Agora, temos que ficar bastante atento, porque, na prática, o que eles querem, no meu entendimento, é fazer a bomba atômica. E estão tomando medidas protelatórias para ganhar tempo. E, obviamente, o Brasil, tendo uma cultura de paz, não pode compactuar com esse tipo de coisa", complementou Marina.

Política nacional

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Falando sobre o cenário político nacional, a pré-candidata do PV também disse que não "enxerga o PT e o PSDB como inimigos". Marina criticou o fisiologismo político e pregou a união entre petistas e tucanos como forma de acabar com a influência de partidos como o PMDB na disputa de cargos e de espaço no governo federal. Se for eleita, Marina disse querer se relacionar com "com o PMDB do senador Pedro Simon (RS)".

Falta de Ciro

Marina lamentou a ausência do deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) na disputa. Ele teve de retirar sua candidatura a pedido do próprio partido, que declarou apoio à chapa petista. Para Marina, no primeiro turno da eleição, o eleitor vota em quem gosta e no segundo turno tenta se desviar do pior. A presença de Ciro enriqueceria o debate: "Primeiro turno você vota em quem acredita. É o candidato do coração. No segundo turno, cada um vai votar no que acha melhor e se desviando de quem acha que é pior."

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