A pré-candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, disse neste sábado (22) que os advogados do partido estão analisando a notificação por antecipação de campanha impetrada pelo Ministério Público Eleitoral (MPE). "Tão logo eles tenham um parecer eu me pronunciarei no mérito", disse. A irregularidade teria ocorrido em evento realizado pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte no último dia 11, quando ela recebeu o título de cidadã honorária do Estado.
De acordo com a representação, a propaganda antecipada teria sido caracterizada por conta de um banner afixado na fachada do prédio da Casa, com a seguinte frase: "Marina é a cara do Brasil." Para o MPE, "é um recado direto ao eleitor, uma clara mensagem no sentido de que a representada é a pessoa ideal para ocupar o cargo eletivo máximo deste País". "O banner em questão caracteriza flagrante propaganda eleitoral subliminar", concluí a vice-procuradora-geral eleitoral, Sandra Cureau.
Marina afirmou que tem orientado a militância e a equipe para cumprir rigorosamente a legislação eleitoral. Entretanto, observou que não tem o controle de toda a situação. "Se for justa a aplicação da multa temos que nos submeter as regras. Não estamos acima do bem e do mal. Deliberadamente nunca fiz nada pra infringir as regras", disse ela, em entrevista coletiva realizada em Salvador, onde participa do pré-lançamento da candidatura do deputado Luiz Bassuma ao governo do baiano pelo PV.
Questionada sobre as reincidentes multas aplicadas ao PT, a pré-candidata disse ver o fato com preocupação. "A reincidência não é um episódio natural, até porque é a própria figura do presidente (Luiz Inácio Lula da Silva) que tem cometido excessos do meu ponto de vista. Então vejo com preocupação", afirmou.
Datafolha
Marina também comentou a pesquisa Datafolha publicada hoje. "Estamos ainda no começo do processo. Ainda tem muita água para rolar." Sobre a parcela do eleitorado que diz que votará na petista Dilma Rousseff por ser a candidata do presidente Lula, ela disse que "no começo, elas (eleitores) vão por aquilo que é conhecido, mas depois, elas vão por aquilo que começarão a conhecer". "E eu confio muito nisso."
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