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São Paulo - Em entrevista ontem à Rádio Jovem Pan, a candidata à Pre­­­sidência pelo PV Marina Silva reconheceu que seu partido dificilmente conseguirá coligações para o primeiro turno das eleições presidenciais, mas disse estar investindo em um "movimento transpartidário".

"Não temos tido grandes esperanças em relação a, no primeiro turno, termos alianças formais com partidos", afirmou Marina. "Mas estamos trabalhando para que este seja um processo de diálogo com a sociedade, de envolvimento com as mu­­­lheres, os homens, os jo­­vens, os empresários." Ela criticou o que chamou de cálculo prag­­­mático. "É só decidir quem tem mais tempo de televisão, juntar-se a ele quem tem mais es­­­­­­­trutura, e o eleitor fica colocado como se fosse um ser passivo."

Marina desqualificou um debate centrado nas realizações dos governos Lula e Fernando Henrique, "por mais relevante que sejam estes ho­­­mens e seus passados, o Brasil é maior do que o passado deles". E acrescentou: "Depois veio a ideia de que era uma disputa entre currículos, o do governador Serra e da ministra Dilma. Mais uma vez, o Brasil e os 190 milhões de brasileiros são bem maiores do que isso".

A pré-candidata se recusou a comentar uma possível aliança para o segundo turno. "Não vou entrar num debate que me tira do segundo turno." Ela se disse satisfeita com os resultados das últimas pesquisas eleitorais – nas quais oscila entre 8 e 10%.

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