A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, anunciou nesta quarta-feira uma reforma no Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), com o objetivo de fortalecer as ações de fiscalização do órgão. Também foram criadas quatro novas secretarias no ministério. Marina confirmou o atual secretário de Biodiversidade e Florestas, João Paulo Capobianco, como substituto de Claudio Langone na secretaria-executiva do ministério.
- O Ibama passará a cuidar exclusivamente da fiscalização, licenciamento e de autorizações relativas ao meio ambiente - disse a ministra a jornalistas.
As chamadas unidades de conservação ambiental (reservas e áreas de preservação, entre outras) passarão a ser geridas por um Instituto de Biodiversidade, nome provisório segundo a ministra, que será criado por um ato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A ministra informou também - conforme publicado pelo jornal "o Globo" - ter convidado o delegado Paulo Lacerda, diretor-geral da Polícia Federal, para presidir o Ibama, mas acrescentou que Lacerda ainda não respondeu ao convite. Segundo o jornal, porém, Lacerda aceitou o convite, mas disse que sua transferência depende da conclusão da sucessão na cúpula da PF, conduzida pelo ministro da Justiça, Tarso Genro. Caberá agora a Marina convencer Tarso a ceder Lacerda. O convite foi feito há duas semanas, segundo um interlocutor na Justiça.
Marina destacou na entrevista que teve uma boa relação funcional com Paulo Lacerda no primeiro mandato de Lula. Marina lembrou que nesse período foram criadas 27 delegacias da PF especializadas em crimes ambientais e realizadas mais de 500 operações policiais nessa área.
As novas secretarias do ministério são: Mudanças do Clima e Qualidade Ambiental, Recursos Hídricos e Ambientes Urbanos, Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável, e de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental.
Na última semana, quando havia anunciado algumas mudanças, Marina Silva negou que as alterações estivessem relacionadas a pressões em favor do "licenciamento ambiental para a construção das usinas do Rio Madeira".
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