| Foto: REUTERS/Nacho Doce

A ex-senadora e ex-candidata à Presidência Marina Silva afirmou neste sábado, em evento que organiza a criação de uma nova legenda política no país, que o novo partido não tem como finalidade as eleições presidenciais de 2014, mas preencher um vazio ético e de participação social na política brasileira. Marina afirmou ainda que a nova sigla não será "nem posição, nem oposição" ao atual governo, lembrando frase do ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab que, ao criar o PSD em 2011, afirmou que o partido não era centro, nem direita nem esquerda. "Não pode ser um partido para eleição, não é o principal. Estamos com uma nova visão de mundo, de sujeito político, que não é mais expectador da política. Esse sujeito é protagonista", disse ela ao discursar no evento, que se realiza em Brasília. "Me perguntam se somos posição ou oposição à Dilma. Eu digo: nem posição, nem oposição", acrescentou a ex-ministra do Meio Ambiente do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que à época teve duros embates com a então chefe da Casa Civil, hoje presidente da República Dilma Rousseff. Marina concorreu à Presidência da República em 2010 pelo PV e teve quase 20 milhões de votos, votação considerada decisiva para forçar o segundo turno entre Dilma e o tucano José Serra. O movimento, que tem Marina como principal estrela e que resultará na 31a legenda partidária do Brasil é chamado de Rede Pró-Partido e quer ter base na sociedade civil. Entre seus apoiadores estão ex-integrantes do PT --como a própria Marina--, PSDB, PSB e PPS. A ex-senadora chegou ao local do evento acompanhada da também ex-senadora Heloísa Helena. Artistas gravaram mensagens e enviaram fotos apoiando o movimento, entre eles o também ex-ministro da Cultura de Lula Gilberto Gil. (Reportagem de Ana Flor; edição de Aluísio Alves)

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