R$ 25 mil seria o salário do prefeito eleito. Com o projeto aprovado ontem, ele ganhará R$ 20 mil. O atual comandante do Executivo municipal recebe R$ 18,7 mil.
Os vereadores de Maringá aprovaram ontem o projeto de lei que reduz os salários do prefeito, do vice e dos secretários municipais que assumirão no ano que vem. A proposta corta parte do aumento que os próprios vereadores de Maringá haviam aprovado em novembro do ano passado para os futuros governantes da cidade. Ainda assim os futuros dirigentes da cidade vão ganhar mais que os atuais.
O projeto aprovado ontem prevê a redução de 20% nos vencimentos do prefeito a ser eleito em outubro. Pelo projeto aprovado em 2011, ele ganharia R$ 25 mil. Mas ficará com R$ 20 mil. Os vencimentos mensais do atual prefeito são de R$ 18,7 mil.
Já os novos secretários e o futuro vice-prefeito perderam 11,7%: eles ganharão mensalmente R$ 10,6 mil aproximadamente R$ 1,4 mil a menos do que havia sido aprovado em novembro. Os salário do vice e dos secretários hoje é de R$ 9 mil.
De acordo com o vereador Humberto Henrique (PT), a redução aprovada ontem representará uma economia de R$ 700 mil no orçamento anual do município.
No total, dez vereadores votaram a favor da redução e um contra. Os vereadores favoráveis foram Carlos Sabóia (PMN), Belino Bravin (PP), Humberto Henrique (PT), Aparecido Regini (PP), Heine Macieira (PP), Flávio Vicente (PSDB), Luiz do Postinho (PRB), Márcia Socreppa (PSDB), Mário Verri (PT) e Marly Martin (PPL).
O voto contrário foi de Ton Schiavone (PRP). Ele disse que foi uma forma de protesto porque teria "sofrido" para tentar protocolar uma emenda para reduzir ainda mais os salários. Os vereadores John Alves Corrêa (PMDB), Paulo Soni (PSB) e Manoel Sobrinho (PCdoB) estavam ausentes no momento da votação. O presidente da Câmara, Mário Hossokawa (PMDB), não votou.
Pressão da Igreja
Em junho, a Arquidiocese de Maringá divulgou uma nota questionando o reajuste no valor dos salários do prefeito, do vice-prefeito e dos secretários municipais. No comunicado, o arcebispo de Maringá, Dom Anuar Battisti, disse que considerava "necessária e urgente a retomada do debate em torno do assunto".
Deixe sua opinião