Avaliação
Silvio Barros é aprovado por 71%
A família Barros terá um papel importante na eleição de 2012.
O possível apoio do secretário estadual da Indústria e Comércio, Ricardo Barros (PP), a algum candidato em Maringá mexe bastante com o eleitorado local. Ele é o nome com maior índice de "transferência de voto" 39,5% dizem que o apoio dele aumentaria a vontade de votar em um candidato. E o prefeito Silvio Barros (PP) também será um cabo eleitoral importante. Entre os levantamentos do Paraná Pesquisa já publicados pela Gazeta do Povo (Curitiba, Londrina e Foz do Iguaçu), ele é o prefeito com maior aprovação.
A gestão de Silvio Barros é aprovada por 71% da população. O desempenho dele é melhor entre as pessoas com ensino fundamental (75,6%) e pior entre aqueles com ensino superior (66,1%). A administração do governador Beto Richa (PSDB) é bem avaliada por 67,8% dos maringaenses, e a da presidente Dilma Rousseff (PT), por 61,3%.
Outros apoios
Por outro lado, a atuação da família Barros também pode implicar perda de votos. Entre os quatro apoiadores pesquisados, Ricardo Barros tem a maior rejeição para 26,6% das pessoas, a vontade de votar em alguém apoiado por ele é menor.
O senador Alvaro Dias (PSDB) também tem um alto poder de influência: 38,7% dizem que o candidato apoiado pelo tucano teria mais chance. A rejeição também é a segunda mais alta: 20,2%.
O governador Beto Richa (PSDB) e a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann (PT), têm potencial de transferência de voto bastante semelhante na cidade: 34% e 35%, respectivamente.
A eleição para a prefeitura de Maringá em 2012 promete disputa acirrada, decisão em segundo turno e queda de braço entre os dois grupos políticos antagônicos do estado. Essas são as conclusões de especialistas com base em levantamento feito pelo Instituto Paraná Pesquisas para a Gazeta do Povo. Três candidatos aparecem com índices competitivos e em situação de empate técnico: os deputados estaduais Dr. Batista (PMN) e Enio Verri (PT) e o secretário estadual de Relações com a Comunidade, Wilson Quinteiro (PSB).
Em um dos cenários pesquisados, se a eleição fosse hoje, Dr. Batista teria 23,7% das intenções de voto, e Verri, 21,1%. Quinteiro (PSB) aparece logo atrás, com 18,9%. A margem de erro é de 4 pontos porcentuais.
O atual vice-prefeito de Maringá, Carlos Roberto Pupin (PP), aparece em quarto lugar com 6,4%. Entretanto, ele vai contar com o apoio da máquina municipal e do prefeito Silvio Barros (PP), muito bem avaliado pela população.
Para o diretor presidente da Paraná Pesquisas, Murilo Hidalgo, o levantamento mostra uma eleição "em que a transferência de votos de políticos influentes na região pode fazer a diferença". Para Hidalgo, a pesquisa aponta para uma definição da eleição apenas no segundo turno. Neste caso, Batista tem vantagem sobre os demais. Verri, por sua vez, se sai melhor do que Quinteiro. Até o ano que vem, o cenário eleitoral pode se alterar, com a entrada em cena das máquinas dos governos federal, estadual e municipal.
Apesar da liderança inicial de Dr. Batista, a socióloga Celene Tonella, coordenadora do mestrado de Ciências Sociais da Universidade Estadual de Maringá (UEM), diz que a disputa ficará concentrada nos outros dois nomes. Para ela, a definição se dará a partir do enfrentamento dos grupos que se aglutinam em torno do governador Beto Richa (PSDB) que tende a apoiar Wilson Quinteiro e em torno do PT e da máquina federal, que irão apoiar Verri. Ele é o líder da oposição na Assembleia Legislativa.
"O Dr. Batista costuma largar na frente, porém com um partido pequeno e sem estrutura, vive do seu eleitorado cativo, e dificilmente consegue ultrapassar este patamar [de intenção de voto]", avalia Celene. Por isso a polarização, segundo ela, tende a ser entre Quinteiro e Verri. O deputado petista, acrescenta, foi um dos parlamentares com maior votação na história de Maringá. Por outro lado, o PSDB tem força na cidade.
A força da família Barros na cidade, por outro lado, também pode incrementar as chances de Pupin. Segundo Celene, a migração de votos ao vice-prefeito deve crescer no transcorrer da campanha. "A baixa porcentagem dele por enquanto deve-se ao fato de que a maioria da população ainda não o associa a família Barros, que ainda tem muita força política na cidade", diz. Pupin também pode contar com o apoio do senador Alvaro Dias (PSDB), atualmente distanciado da direção estadual de seu partido. Se isso se confirmar, afirma Celene, as chances dele crescem ainda mais.
Colaborou Rosana Félix
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