A Marinha informou nesta segunda-feira ter concluído o primeiro reator nuclear inteiramente desenvolvido no Hemisfério Sul. O anúncio foi feito pelo capitão-de-mar-e-guerra Leonam Guimarães, na International Nuclear Atlantic Conference (Inac), o maior encontro sobre energia nuclear da América Latina, que está sendo realizado em Santos.
Segundo Guimarães, coordenador do Centro de Propulsão Nuclear do Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP), foi finalizada a montagem do vaso do reator a ser instalado no protótipo de submarino nuclear, que vem sendo projetado no Centro Experimental de Aramar, em Iperó.
Há 25 anos a Marinha conduz um programa nuclear, no qual já foi investido cerca de US$ 1 bilhão e que resultou, por exemplo, no desenvolvimento de uma tecnologia própria de enriquecimento de urânio, utilizada pelas Indústrias Nucleares do Brasil (INB) em sua fábrica em Resende (RJ).
Cerca de um terço do valor foi gasto para construir o reator de pequeno porte (com potência de 50 megawatts térmicos), que tem como objetivo, além de propulsionar um submarino, impulsionar a indústria nacional numa área estratégica e de competitividade internacional.
- O mercado internacional tem, hoje, demanda de fornecedores de pequenas centrais nucleares - avaliou Guimarães.
No entanto, para que o projeto do reator prossiga, é necessário um investimento de cerca de US$ 120 milhões de dólares. O próximo passo seria montar o reator no prédio específico planejado para ele em Aramar, mas as obras estão paralisadas desde 2002.
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