O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou nesta quarta-feira que se o salário-mínimo subir dos atuais R$ 300 para R$ 340 - número de referência para as discussões entre o governo e o Congresso - o aumento não será desprezível. Ele argumentou que o aumento real seria, neste caso, superior às conquistas de todas as categorias profissionais que conseguiram reposição acima da inflação e que o governo Lula manteria seu compromisso de valorização constante do piso básico.

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- Obviamente eu gostaria de mais. Mas temos que ter pé no chão, realidade, para fazer o melhor possível - afirmou.

Marinho defendeu que o governo Lula fez muito mais do que o de Fernando Henrique pelo salário-mínimo. Segundo dados do Ministério do Trabalho, em relação ao poder de compra do piso, em maio de 1995 (no primeiro reajuste de FH) o mínimo comprava 1,23 cesta básica. Como fruto do último reajuste de FH, em 2002, em maio de 2003 a cesta comprava 1,3 cesta básica. Em maio deste ano, o salário-mínimo comprava 2,04 cestas básicas.

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- Isto é uma combinação de fatores além do reajuste que concedemos. Tem o controle da inflação, e aí está um grande mérito da política econômica, e a desoneração tributária da cesta básica. Um pacote de arroz de 5 kg custa hoje 50% menos. O câmbio também contribuiu - avaliou.