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A marquise do Hotel Canadá, em Copacabana, que desabou na manhã desta segunda-feira, não passava por uma avaliação há quase 13 anos. De acordo com reportagem do jornal 'O Globo' , um levantamento feito pela Secretaria de Urbanismo, que exige vistorias anuais, revelou ainda que as duas obras realizadas na marquise, em 1995 e em 2000, não tiveram licença obrigatória.

Ainda de acordo com a reportagem, o advogado Ely Machado, que defende o hotel, alega que as obras foram feitas por empresas que se responsabilizaram por elas. Quanto ao fato de o último laudo técnico datar do fim de 1994 — mesmo ano em que foi criada a resolução — argumentou que a norma é descumprida pela maioria dos donos de imóveis e condomínios, que devem contratar um engenheiro credenciado no Crea para renovar a avaliação a cada ano.

Nesta terça-feira o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea-RJ), Reynaldo Barros, disse que vai propor à prefeitura que a fiscalização das marquises seja feita em conjunto pelo órgão e pela Secretaria municipal de Urbanismo . Desse modo, segundo ele, se o proprietário for notificado e não fizer manutenção, o prédio será interditado e o Ministério Público acionado para impetrar ação civil. O Crea tem 75 fiscais que poderiam ajudar na fiscalização, informou o presidente do conselho. Segundo Barros, a ajuda já tinha sido oferecida no ano passado, após a queda de uma marquise em Vila Isabel, que deixou três mortos.

O Crea vistoriou nesta terça marquises de prédios mal conservadas na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, um dia depois da queda da marquise do Hotel Canadá , na manhã de segunda-feira, que deixou duas pessoas mortas e vários feridos . O acidente causou a morte de duas pessoas , além de ferimentos em outras nove. Foram retiradas no local 17 toneladas de escombros . Outras marquises podem ser ameaças . O desabamento provocou caos no trânsito do bairro por mais de três horas.

O laudo do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) sobre o acidente só deve sair em 15 dias. Mas peritos do órgão revelaram que a queda da marquise do hotel, na Avenida Nossa Senhora de Copacabana 687, foi provocada por excesso de peso.

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