O presidente do PT paulista, Emídio de Souza, afirmou nesta quinta-feira que a senadora Marta Suplicy (SP), que saiu do partido em abril acusando a legenda de desvios éticos , vai ter agora, ao ingressar no PMDB, que conviver com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), denunciado na semana passada pela Procuradoria Geral da República pelos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva.
“Marta é página virada para nós. Ela escolheu o caminho, vai ter de explicar. Saiu do PT dizendo que não tinha garantia de vaga (à candidatura). Agora está sem garantia de vaga no PMDB. Saiu do PT acusando o PT de desvios éticos e agora vai ter de conviver com Eduardo Cunha e outros. Não somos nós que temos de explicar. Desejo boa sorte a ela”, disse Emídio.
Segundo a denúncia da Procuradoria Geral da República, Cunha recebeu US$ 5 milhões de propinas do consultor Júlio Camargo num contrato para a compra de dois navios sondas pela Petrobras.
Marta deve anunciar a filiação ao PMDB em setembro. O acordo foi fechado pelo próprio vice-presidente da República, Michel Temer. Antes, em março, ela havia anunciado a negociação com o PSB. A expectativa do PT era que o PMDB firmasse uma chapa para a reeleição de Fernando Haddad, em São Paulo. O peemedebista Gabriel Chalita até foi para o secretariado de Haddad, com a intenção de concorrer a vice-prefeito em 2016. Por isso, a candidatura de Marta ainda é uma incógnita, já que Chalita e o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, estão no páreo pela disputa da vaga.
Questionado sobre a reeleição de Haddad, que tem baixa aprovação entre os eleitores, Emídio disse que o petista ainda tem chance de se recuperar.
“A prioridade agora é defender o mandato da presidente Dilma, não permitir a quebra institucional do país e rechaçar esse impeachment sem motivo, uma coisa criada, inventada.”
Emídio participa nesta quinta-feira de um seminário interno do PT que vai discutir as normas de eleição de dirigentes (PED) e meios para que o partido tenha mais articulação com a sociedade e com os movimentos sociais, e maior participação dos militantes.
Diante do anúncio de que prefeitos e parlamentares estão debandando da legenda por conta da crise política, o petista fez uma crítica ao partido, dizendo que foi um “erro” o crescimento exacerbado de filiados durante os anos do PT no governo.
“Tem gente saindo. É natural em um processo como esse, com muita gente veio para o PT pela facilidade eleitoral em 2007 e 2011. Foi um erro do PT a maneira como ele cresceu. Os que vieram por facilidade eleitoral saem por facilidade eleitoral.”
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