Os candidatos que disputam o segundo turno da corrida à Prefeitura de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM) e Marta Suplicy (PT), baixaram o tom das críticas no horário eleitoral gratuito na televisão nesta segunda-feira (13). Após o caloroso debate transmitido na noite de domingo pela TV Bandeirantes, ambos evitaram fazer acusações diretas ao adversário, preferindo deixar o papel de tecer críticas para os locutores e populares, por meio de depoimentos.

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Kassab, que abriu o horário eleitoral, deu ênfase à exposição de suas propostas e destacou por duas vezes que São Paulo é "grande demais para ser governada por um único partido". "Chegou o momento de união", afirmou, ressaltando que o governo da cidade deve se situar "acima dos partidos"

O democrata, candidato da coligação "São Paulo no Rumo Certo" (DEM-PR-PMDB-PRP-PV-PSC), agradeceu os votos que teve no primeiro turno, atribuindo a vitória à aprovação de suas obras pelos eleitores. "Como ele trabalha para a cidade inteira, também veio voto da cidade inteira", citou o locutor, enfatizando resultados das regiões sul e leste, tradicionais redutos eleitorais de Marta.

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Foram exibidos depoimentos de populares afirmando que a adversária "mais promete do que faz". "A Marta é cheia de blábláblá, só quer saber de taxa", disse uma eleitora. Nos últimos minutos do programa do democrata, Kassab mostrou manchetes de jornais atacando a petista. Uma delas dizia: "Marta deixa rombo de R$ 2 bilhões". Outra, se referia a um período de enchentes na capital paulista em que a ex-prefeita passava temporada em Paris, na França.

Marta

O programa eleitoral da candidata da coligação "Uma Nova Atitude para São Paulo" (PT-PCdoB-PDT-PTN-PRB-PSB), Marta Suplicy, começou com um jingle dizendo "A esperança vai vencer de novo", em referência ao pronunciamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002, após vencer a disputa presidencial, em que declarou: "A esperança venceu o medo".

A crítica mais contundente de Marta ao prefeito em seu programa ficou por conta do transporte. "A atual Prefeitura não fez nada importante nessa área", atacou. "Por acaso você lembra de alguma boa proposta que eles tenham apresentado para melhorar a crise?" questionou Marta. Ela exibiu três depoimentos nos quais a população lhe dizia que projetos da gestão Kassab não funcionam na prática. Em um dos casos, uma mulher reclamava que não há dois professores nas salas de aula da primeira série, contrariando a propaganda de Kassab. "É tudo mentira", acusou a mulher.

Marta trouxe novamente os depoimentos do presidente Lula e da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. A ministra elogiou as propostas da petista, como o projeto de implantação de internet banda larga grátis para a população, enquanto Lula aderiu à estratégia de propor ao eleitor uma comparação entre as trajetórias dos dois oponentes. "Não existe político igual. Cada um tem sua história, seu partido e seu projeto", disse o presidente. "Você acha que a historia da Marta é igual à do Kassab?", questionou Lula

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