A senadora Marta Suplicy (PT-SP) se recusou nesta terça-feira (9) a comentar a prisão de seu ex-chefe de gabinete e assessor de campanha Mário Moysés, juntamente com 37 outros servidores do Ministério do Turismo, acusados de envolvimento num esquema de desvio de verbas públicas. A senadora tentou se proteger do assédio de jornalistas durante toda a tarde.

CARREGANDO :)

Ela chegou a assumir o comando da Mesa no plenário e dali só se retirou para ceder o lugar ao presidente José Sarney (PMDB-AP). Sem dar tempo de ser abordada, Marta dirigiu-se ao banheiro, onde ficou por vários minutos. Quando saiu, abordada pelos repórteres, nada respondeu, dirigindo-se à mesa do plenário, como se não tivesse ouvido as perguntas sobre o seu relacionamento com Mário Moysés, tido como homem da sua confiança.

Os assessores da senadora chegaram a procurar uma alternativa para Marta deixar o plenário sem ser vista. Eles queriam que ela utilizasse o chamado "buraco da taquigrafia", mas como o local está em obras, a ideia foi vetada pela Polícia do Senado.

Publicidade

Marta ocupou as horas que passou no plenário navegando no computador e procurando ignorar o discurso provocativo do senador Mário Couto (PSDB-PA). Da tribuna, ele acusou o PT de ter piorado a corrupção no País. "Este País não era tão corrupto antes do PT, essa é a grande realidade", afirmou o tucano.

Ele chamou de "ladrões do povo brasileiro" todos os envolvidos nas denúncias dos ministérios dos Transportes, Trabalho e Turismo. "O País não era assim. Estão chacoalhando na cara dos brasileiros, na cara daqueles que vivem à mercê de seus salários descontando os impostos", disse.

Veja também
  • Com prisões no Turismo, aliados têm novo alvo para reclamações
  • Calheiros: prisão de 38 em ação no Turismo foi exagero
  • Líderes da base reclamam de abuso de poder em ação
  • Três processos apuram desvios no Ministério do Turismo, diz TCU
  • Ideli reúne-se com PMDB no Senado e defende Novais
  • PF estima que quase R$ 3 milhões tenham sido desviados do Turismo
  • Novais deve discutir desdobramentos de operação da PF