BRASÍLIA — Em negociação para sair do PT e se candidatar a prefeitura de São Paulo pelo PSB, a senadora Marta Suplicy (PT-SP) continuou hoje os ataques a presidente Dilma Roussef e as medidas do pacote de ajuste fiscal editadas em dezembro. Desta vez Marta acusou a companheira de partido de falta de transparência no diálogo com os trabalhadores antes da edição das medidas . Indiretamente, a petista hoje acusou Dilma de ser perversa e cruel.

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As críticas foram feitas em discurso durante a segunda audiência pública da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado, para debater as medidas provisórias 664 e 665, que endurecem as regras para acesso a benefícios como a pensão por morte e o seguro-desemprego .

— Querer que trabalhadores paguem a conta, eu chamo de perversidade, crueldade e vai além da conta! — criticou a senadora Marta Suplicy.

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Como outros petistas que estão bombardeando as medidas, Marta anunciou ter apresentado nove emendas para mudar as MPs e disse que faltou respeito do governo pelo Congresso e com a sociedade.

— Não tem sentido um governo do PT colocar essas medidas, sem ter a sinceridade e o diálogo com quem é atingido, principalmente o trabalhador — disse Marta.

Nessa nova rodada de audiências públicas para debater as MPS , a Comissão de Direitos Humanos, presidida pelo senador Paulo Paim, ouviu presidentes e representantes de sindicatos, trabalhadores e aposentados. Semana passada a comissão ouviu representantes do Ministério Público do Trabalho e da OAB, quando apontaram inconstitucionalidade nas alterações.