Senadora do PMDB, Marta Suplicy vai se candidatar a prefeita em São Paulo.| Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Matéria atualizada após correção de informação por parte da agência de notícias Estadão Conteúdo.

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A candidata do PMDB à Prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy, não omitiu parte de seu patrimônio na lista de bens entregue à Justiça Eleitoral, diferentemente do que informou o jornal O Estado de S. Paulo nesta sexta-feira (12). Houve erro da reportagem, que confundiu duas empresas de nome semelhante – Salamina Participações Ltda e Salamina Consultoria Estratégica e Empresarial, ambas de propriedade da candidata.

Como fez com os demais candidatos que já apresentaram seus bens à Justiça Eleitoral, a reportagem comparou os valores declarados dos imóveis de Marta com os que constam na base de dados do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), da Prefeitura de São Paulo.

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Essa checagem revelou que três imóveis que estão em nome de Marta na base da prefeitura não aparecem em sua lista de bens. Consultada, a assessoria de imprensa da candidata informou que os imóveis haviam sido transferidos para a empresa Salamina Participações Limitada.

Ao buscar o valor da empresa Salamina na lista de bens de Marta, que tem 27 itens, a reportagem encontrou, na 13ª posição, a Salamina Consultoria Estratégica e Empresarial, com valor de R$ 49,5 mil, e concluiu, de forma errônea, que essa era a empresa que havia absorvido os imóveis.

Uma busca pelo termo “Salamina” na Junta Comercial de São Paulo trouxe, como primeiro resultado, uma empresa registrada em nome de Marta com valor de R$ 6,3 milhões. A reportagem concluiu, equivocadamente, que a Salamina de R$ 6,3 milhões havia sido declarada por R$ 49 mil.

Na verdade, a Salamina de R$ 6,3 milhões também está na lista de bens de Marta, na 23ª posição.

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No total, a candidata declarou à Justiça Eleitoral ter bens no valor total de R$ 13,3 milhões - o segundo maior patrimônio entre os candidatos a prefeito da cidade que já registraram seus dados.

Marta, assim como seus concorrentes, declarou seus imóveis com o valor da época da compra, e não o atualizado. Essa prática é permitida pela Justiça Eleitoral, mas acaba afetando a transparência das eleições - quase nunca o patrimônio declarado corresponde ao real. Segundo a assessoria de imprensa da candidata, as divergências entre a declaração de bens e a base do IPTU são de responsabilidade da Prefeitura.