Irmão do ex-presidente do PTB morto em 2003, José Carlos Martinez, Flávio Martinez reconhece que o Brasil passa por um momento delicado, mas acredita que os partidos e a própria prática política serão mais transparentes depois da crise. "As instituições estão feridas, mas a imprensa está fazendo um grande papel, trazendo às claras tudo o que aconteceu", observou.
Martinez também acredita que o seu partido sairá do escândalo ileso, se não fortalecido: "O PTB não participou de nenhum acordo de mensalão, ao contrário, denunciou o que estava acontecendo. Tudo o que o deputado Roberto Jefferson falou está sendo comprovado".
Para ele, "depois desse episódio a tendência é que os partidos sejam mais transparentes". "Daí a importância de uma reforma política, para que os vícios não sejam repetidos. Não sei se há tempo hábil, mas seria importante que a eleição tivesse outro nível", destacou, sem porém mencionar nenhuma sugestão concreta.
Confrontado com a sugestão de que os políticos eleitos pelo PTB abrissem mão dos sigilos bancário e fiscal, Martinez comentou que pode ser uma boa idéia, desde que as outras legendas façam o mesmo: "O partido tem de respeitar a legislação vigente. O que se discute é uma reforma política, temos uma lei eleitoral que precisa ser mudada, e isso pode ser um detalhe dessa nova lei".
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