Em nota divulgada no início da noite, o presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso, nega que tenha divulgado para a imprensa o sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa e informa que colocou seu cargo à disposição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mattoso diz que não cometeu irregularidade e que determinou as providências previstas em lei ao ser informado da movimentação atípica de Francenildo.

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"Não fui o responsável pelo vazamento da informação e estou convicto de que nenhum empregado da Caixa deu causa à divulgação indevida, atuando nos estritos limites da legalidade", diz a nota.

Nota à Imprensa

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Na condição de Presidente da CAIXA, no pleno e legítimo exercício de minhas funções, tive acesso a informações sobre movimentação atípica em conta de cliente.

Cumprindo meus deveres funcionais e sem que isso de forma alguma representasse quebra indevida de sigilo, determinei, a propósito, a adoção das providências previstas na Lei n.º 9613/98, cujas disposições aplicam-se indistintamente a todas as instituições financeiras.

Assim agindo, na forma da lei acima mencionada, procurei fazer com que a informação chegasse regularmente ao COAF, órgão integrante da estrutura do Ministério da Fazenda e que detém competência legal para conhecer e analisar assuntos dessa natureza. Comuniquei, também, o fato à autoridade superior à qual a CAIXA encontra-se vinculada.

Não fui o responsável pelo vazamento da informação e estou convicto de que nenhum empregado da CAIXA deu causa à divulgação indevida, atuando nos estritos limites da legalidade.

Entretanto, diante das repercussões desse episódio, visando resguardar imagem institucional da CAIXA, entendi por bem colocar meu cargo à disposição do Excelentíssimo Senhor Presidente da República, na certeza de que, ao final, tudo será devidamente esclarecido.

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JORGE MATTOSO

Presidente da Caixa Econômica Federal