O ex-chefe do Departamento de Contratação e Administração de Material dos Correios, Maurício Marinho, foi demitido nesta quinta-feira por justa causa. A decisão foi anunciada depois que o Departamento Jurídico e a Comissão de Sindicância Interna concluíram que Marinho cometeu várias faltas comportamentais.
A demissão de Marinho só será efetivada em 26 de outubro, quando termina a licença médica por diabetes concedida ao ex-chefe de administração. Marinho trabalhava nos Correios há 28 anos, e foi admitido por concurso público.
Marinho desencadeou a crise política ao ser flagrado por uma câmera escondida recebendo um maço de R$ 3 mil de supostos empresários interessados em fornecer equipamentos de informática à estatal. No vídeo, Marinho, indicado para o cargo na cota do PTB, diz que agia com o aval do então diretor dos Correios, Antônio Osório Batista, e em nome do deputado e então presidente do PTB, Roberto Jefferson (RJ).
Segundo ele, Jefferson 'comandava com mão-de-ferro' o esquema de arrecadação de dinheiro nos Correios para o partido. Depois, Marinho negou em depoimentos o que dizia na gravação. E, mais tarde, falando no Ministério Público, reafirmou as acusações contra o deputado do PTB.
Marinho contou, no depoimento, que Jefferson de fato coordenava o suposto esquema em outras estatais, que seriam as 'fabriquinhas de dinheiro' para o partido. Para fiscalizar a arrecadação, disse Marinho, Jefferson designara o genro Marcus Vinícius Vasconcelos Ferreira, que trabalhava na Eletronuclear.
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