O coordenador nacional no Movimento Brasil Livre (MBL), Kim Kataguiri, buscou apoio nos partidos de oposição ao PT na Bahia para “engrossar” o ato que pretende realizar próximo ao hotel onde os petistas realizam seu congresso nacional na quinta-feira (11). Ele se reuniu com lideranças de oposição em um café da manhã e destacou ser necessário que as manifestações contrárias ao PT ocorram também em parceria com partidos políticos.
“Defendemos pautas liberais e republicanas. Podemos ajudá-los nestas pautas, com manifestações de rua. Não somos um movimento antipartidário nem antipolítico. Seria infantil agir assim”, disse o jovem de 19 anos.
Segundo ele, o movimento não defende apenas o impeachment da presidente Dilma Rousseff. ‘Defendemos a redução da máquina pública de forma que o indivíduo tenha mais liberdade para empreender por conta própria. Queremos um país que seja menos do estado e mais do cidadão”. Mas ele cobra uma participação das chamadas elites. “A elite brasileira quer ir para Miami. Não quer melhorar o país”, apontou.
O deputado federal José Carlos Aleluia (DEM) concordou com o ativista e disse que a maioria da população é conservadora e economicamente liberal, mas sente-se “envergonhada” para dizer não ser de esquerda.
Kim Kataguiri participará nesta quinta, a partir das 16h, de protesto contra o congresso do PT e um dos cadernos de teses de uma ala mais radical do partido que, segundo ele avalia, dentre outros pontos, defende censura à imprensa sob o eufemismo de “democratização”. O protesto ocorrerá na praça Brigadeiro Faria Rocha, próximo ao local do evento petista, o Hotel Pestana, situado no bairro do Rio Vermelho, orla de Salvador.
“O caderno de teses é uma tentativa do PT de se desvincular dos escândalos de corrupção, de desvincular Lula da presidente Dilma”, considerou Aleluia.
Aleluia esteve acompanhado no café da manhã dos deputados estaduais Sandro Régis e Pablo Barroso (DEM), Luciano Simões (PMDB) e Augusto Castro (PSDB). Régis declarou que opositores na Assembleia Legislativa apoiarão o ato do MBL. O coordenador estadual do MBL, Ricardo Almeida, disse que o ato de amanhã não reunirá públicos similares aos dos dias 15 de março e 12 de abril. “Será um movimento menor, até porque os outros dois foram realizados em domingos”, comparou.